labirintoO governo federal parece ter sido condenado em 2015 a pagar todos os pecados cometidos nos anos anteriores, principalmente os erros dos últimos anos na condução da área econômica. Ele não consegue fugir do labirinto em que se meteu, após ter prometido o Paraíso e não ter conseguido entregar sequer o Purgatório.

A histórica decisão do TCU de não aprovar as contas do governo passado, por conta das famosas “pedaladas fiscais” e outros erros na condução da política econômica, é apenas um dos pesadelos que não deixa o governo dormir. Embora a mídia tenha esfriado um pouco o que corre nos bastidores da Operação Lava Jato, quem acompanha o Ministério Público e a PF sabe que muita coisa ainda não veio à tona, principalmente pelas delações premiadas não divulgadas até agora. Não se sabe o que poderá emergir dessas delações, num momento de extrema fragilidade do governo.

Não bastasse isso, os números da economia apontam para um cenário no segundo semestre muito pior do que o do primeiro. Em plena discussão do “pacote fiscal” o governo terá que administrar a pressão das centrais sindicais e dos empresários, o mau humor do mercado e a falta de recursos para a saúde, segurança, educação, num cenário de juros altos, recessão e falta de investimentos. Sem falar na crise energética que já está em ebulição.

“Junho ainda não fechou, mas os dados do segundo trimestre coletados pelos especialistas apontam para o pior dos mundos: queda de pelo menos 1,5% da atividade no período”, diz o Blog do jornalista Vicente Nunes, do Correio Braziliense.Tal projeção incorpora a paralisação quase total da produção das montadoras. J

Junto com ela, somado ao impacto negativo no mercado com a crise da Petrobras, e temos o fantasma do desemprego, ativo, aliás, bem capitalizado nos últimos anos pelos governos petistas, a assombrar o trabalhador brasileiro. Quem prometeu o Paraíso e não conseguiu entregar o Purgatório, começa a temer as franjas das chamas do Inferno. O que é muito ruim para todos os brasileiros.

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