ruy mesquita boaMorreu ontem em S.Paulo, aos 88 anos, o jornalista Ruy Mesquita, diretor do jornal “O Estado de S. Paulo",  neto do fundador do tradicional jornal paulista e último sobrevivente da terceira geração da família Mesquita. Com ele, vai um pedaço da história da imprensa brasileira e também do país.

Não há quem acompanhe a imprensa nacional nos últimos 100 anos que possa ignorar “O Estado de S. Paulo”. Com todo o conservadorismo mantido como herança da família, o sizudo jornal teve papel de destaque em todos os acontecimentos históricos do país, desde o século XIX. Mergulhar no "Estadão", como todos nós o conhecemos, é fazer uma viagem pela história do país e do mundo, desde 1875, quando seu avô fundou "A Província de São Paulo", o primeiro jornal brasileiro a usar a venda avulsa para chegar aos leitores.

Acordava às 4 horas da madrugada, lia os jornais antes de tomar o café, ligava para dois ou três colaboradores, chegava à redação ao meio-dia e meia, voltava direto para casa depois do trabalho. Se houve uma época em que Ruy Mesquita passava pelo clube para tomar um uisquinho, era mais para conversar com o irmão, Julio de Mesquita Neto, que morreu em 1996. Conversavam sobre o Estado e o Jornal da Tarde, que eles dirigiam desde 1969, quando morreu o pai, Julio de Mesquita Filho, diz reportagem de hoje do jornal da família.

Veja reportagem em O Estado de S. Paulo sobre a vida do diretor Ruy Mesquita

Uma vida dedicada ao jornalismo

Para entender pelo menos em parte a importância de Ruy Mesquita para o jornalismo brasileiro e para o próprio país, nada melhor do que o excelente artigo de Matias Molina, publicado hoje no Valor Econômico:

Morre o doutor Ruy, depois de uma vida dedicada ao jornalismo.

Outros artigos sobre Ruy Mesquita

O último dos moicanos - Roberto Salone

Ruy, o justo e sincero - Flávio Tavares

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