internautas fanaticosPesquisa publicada nesta semana pela Ofcom (Office of Communications), órgão regulador das comunicações no Reino Unido, com repercussão na imprensa britânica, (veja matéria do Daily Mail) mostra que um adulto britânico gasta em média um dia por semana online, confirmando a dependência do internauta do século XXI pela Internet. Isso é um bem ou um mal? Depende de como o internauta usa as múltiplas possibilidades da web e o que deixa de fazer por conta dessa "dependência".

Menos de metade da população do Reino Unido continua ouvindo rádio em casa, enquanto outra parte gasta mais tempo com smartphones, serviços de filmes (streaming) e podcasts, mostra o estudo.

O tempo de uso da Internet, semanalmente, cresceu de 22,9 horas em 2016, para 24 horas no ano passado no Reino Unido. Uma década atrás, o britânico gastava 12,1 horas por semana online. Os dados da pesquisa continuam a assombrar. Sete em dez pessoas usam o smartphone para acessar a Internet, aumentando o tempo que as pessoas gastam online, que foi de 2,1 horas por semana em 2016 (não esquecer que estamos falando somente do uso do smartphone) para 2,5 horas em 2017. A proporção das pessoas que usam o smartphone como cartão de embarque em viagens aéreas ou para tickets de entrada em espetáculos pulou de 41% para 57% num ano.

Essa tendência foi revelada numa pesquisa anual de uso e atitudes na mídia, publicada pela Ofcom, no último dia 25. O estudo mostrou que a maioria dos adultos britânicos tinha acessado até seis equipamentos de mídia em casa – televisão, celular, computador (desktop ou lap top), tablet, rádio e o DVD. Mas a inclinação por aparelhos tipicamente domésticos vem caindo.

Em 2017, somente 47% dos britânicos adultos ouviram rádio, quando era 51% em 2016. E, convém observar que o rádio é uma das mídias antigas que mais tem resistido a mudanças e ao impacto das novas tecnologias, com uma capacidade incrível de se reinventar. E o concorrente que vem derrubando o rádio não é a televisão, como se previa, e nem mesmo os apelos do smartphone. Mas mais pessoas estão ouvindo podcasts, segundo a pesquisa. 5,5 milhões de britânicos ouvem pelo menos um podcast por semana.

Mais de um terço (35%) não se importam em ver anúncios, desde que sejam relevantes para eles, mas até 40% dizem que não gostam de todos os anúncios online, em comparação com 34% um ano atrás. A publicidade também começa a incomodar. A pesquisa mostra que os internautas já começam a usar mecanismos de proteção contra a publicidade invasiva. Curiosamente, um em cada dez (9%) afirmam fornecer deliberadamente informações falsas, quando necessário, para evitar “spam” e visitar apenas sites sem anúncios (9%).

Mais da metade (58%) dos usuários da Internet estão cientes da publicidade personalizada. E a grande maioria (85%) dos usuários de Internet diz que eles são muito (42%) ou bastante (43%) confiantes de que sabem o que é e o que não é publicidade online, com homens mais propensos do que mulheres a dizer que estão muito confiantes (46% versus 37%).

Uma minoria (41%) dos usuários da Internet diz que não está feliz pelo fato de as empresas coletarem e usarem suas informações pessoais. Embora cerca de um terço dos usuários da Internet (35%) dizer que está satisfeito pelas empresas coletarem e usarem as informações pessoais, se puder optar em qualquer momento, se a empresa tiver clareza sobre como usará as informações pessoais (33%), ou se esse usuário ficar seguro de que as informações não serão compartilhadas com outras empresas (32%).

Acesso à Internet

De acordo com a pesquisa da Ofcom, a maioria dos adultos entre 16-54 anos esteve online, com acesso à Internet, chegando a níveis de 96% de presença na Internet quando se faz um corte de pesquisados entre 45 e 54 anos e 98% dos usuários entre 16 e 24 anos. A pesquisa também evidencia que os internautas começam a demonstrar um cansaço com as mídias sociais. A proporção de pessoas que disseram que o Facebook era seu principal perfil de mídia social caiu de 80% para 70%, dentre um ano e outro, enquanto redes alternativas, incluindo o WhatsApp, de propriedade do Facebook, tornaram-se mais proeminentes.

Agora algo interessante para quem se debruça sobre a dependência da geração do século XXI pela vida online. Três em dez usuários da Internet querem cortar o tempo gasto na web, e tem havido um aumento no número de pessoas que sofreram uma experiência negativa online, conclui o estudo. Perto da metade dos usuários disseram ter visto conteúdo odioso na Internet no último ano. A pesquisa foi baseada em entrevistas com 5.500 adultos.

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