
Gestão de Crises tem um Glossário em e-book
O Observatório Brasileiro de Comunicação e Crise (OBCC) – criado há dois anos na Universidade Federal de Santa Maria – acaba de lançar em e-book o “Glossário de Crise: uma perspectiva comunicacional”. Trata-se de um trabalho construído pela colaboração coletiva de dezenas de pesquisadores, professores e profissionais de mercado, de seis países, principalmente da área de comunicação institucional.
A crise por que passa a aviação brasileira já passou do ponto que se poderia chamar de administrável. Ela demonstrou, ao longo de nove meses, além da incompetência para dar um pouco de ordem ao caos criado após o acidente da Gol, uma incapacidade para administrar a crise com um mínimo de organização.
Há dois meses a área econômica tem acompanhado um fato que acabou redundando na queda do Presidente do Banco Mundial. Dele podemos tirar várias lições sobre a administração de crise nas grandes organizações. O fato é que Paul Wolfowitz, presidente do Banco Mundial, admitiu em abril último ter favorecido sua namorada Shaha Riza, funcionária do mesmo banco, ao promovê-la para um cargo com salário milionário.
A compra da Dow Jones pelo empresário Robert Murdoch, dono da News Corporation,consolida uma tendência que vem se acentuando nos últimos anos de concentração da mídia em grandes conglomerados. Ou seja, a opinião cada vez mais está na mão de poucas pessoas.
Desastre em outubro, descalabro no transporte aéreo nacional durante nove meses, seguido de outra tragédia parecem ter acordado a mídia para uma realidade nacional. Nós tínhamos aeroportos e não sabíamos, havia pistas para os aviões pousar e também desconhecíamos.
Não bastasse a maior tragédia aérea da América Latina, uma série de trapalhadas da empresa aérea e do governo agravam uma crise que parece não ter fim.
A tragédia com o avião da TAM ocorrida nesta terça-feira (17/07) mostra mais uma vez a necessidade de um programa preventivo de comunicação para situações graves como a de um acidente destas proporções. Entre os vários intervenientes nessa tragédia, que vai do Governo à empresa aérea, passando por Ministério da Defesa, Comando da Aeronáutica, Anac, Infraero, polícia, bombeiros, sindicato dos aeroviários, enfim, vários interlocutores, vimos nesse episódio uma série de desencontros, próprios de situações conturbadas, mas que poderiam ser evitados e minimizados se as assessorias e autoridades estivessem mais preparadas e coordenadas.









