TENTAR, EU TENTEI Uma crônica para Luis Fernando Verissimo
Hayton Rocha*
O noticiário estampou em letras frias: Luis Fernando Verissimo, 88 anos, o maior cronista brasileiro vivo — e talvez também o maior entre os mortos, ouso dizer — estava internado no Centro de Terapia Intensiva do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. O boletim médico foi curto: “estado grave, recebendo todas as medidas de suporte necessárias”. Em outras palavras: a medicina joga tudo o que sabe contra o tempo, mas o tempo não costuma perder tempo.
Leia mais...Nas últimas semanas ditadores e déspotas de países do Oriente Médio devem estar fazendo a mesma pergunta que o Rei Luiz XVI, da França, fez aos criados, quando a Bastilha caiu, em 1789. Conta-se que o monarca francês perguntou: “É uma revolta?” “Não, Senhor”, foi a resposta. “É uma revolução”.
O Banco do Brasil anunciou esta semana o resultado de 2010: lucro líquido de de 11,7 bilhões, crescimento de 15,3% sobre 2009. Foi o melhor resultado na história bancária do país. O BB é uma empresa de economia mista, com 59,2% do capital pertencente ao Tesouro Nacional. Mas o que isso tem a ver com comunicação e crise?
No momento em que o governo brasileiro anuncia a intenção de colocar banda larga em todas as escolas públicas do país, se depender da conexão e da velocidade da internet no Brasil, jornalistas e empresários irão sofrer muito na Copa do Mundo.
Foram 18 dias de protestos, mas o povo do Egito pode comemorar. Pressionado pela reação popular, sem apoio dos antigos aliados no exterior e enfraquecido no próprio exército, o ditador do Egito Hosni Mubarak entregou o poder ao alto comando das Forças Armadas.
Brasília já se tornou folclore de malfeitos, por conta das estripulias de suas excelências, os parlamentares, junto com uma penca de aventureiros, que para cá se deslocam indicados para assumir cargos públicos. Embora não se comportem como servidores públicos. Apenas se servem do cargo. Justiça seja feita. A maioria deles não nasceu e nem tem vínculo com a cidade. São forasteiros. Brasília acaba estigmatizada por trapalhadas que não se devem aos seus filhos.
O Brasil contrariou uma tendência mundial em 2010. A circulação de jornais cresceu 1,5% em relação ao ano anterior. A maior alta foi do jornal O Estado de S. Paulo, que cresceu 9%, com média de 236 mil exemplares. Mas a notícia mais surpreendente dos dados do IVC (Indice Verificador de Circulação) é a liderança do jornal Super Notícia, de Belo Horizonte. Com média anual de 296 mil exemplares em dezembro, superou a Folha de S. Paulo, até então o líder no segmento.