Ouvir os stakeholders numa crise cria confiança e protege a reputação
Qual o dano uma crise corporativa pode causar? Em grande parte das organizações ou empresas que enfrentaram crises graves, de que são exemplos Boeing, Volkswagen, Wirecard AG, Toshiba, Malaysia Airlines; Vale, VoePass, 123 milhas, Lojas Americanas e, em anos passados, Petrobras, Enron, British Petroleum-BP, Exxon, Uber, Wells Fargo, o prejuízo financeiro e o arranhão na reputação teve um efeito incalculável. Em alguns casos, fatal. A empresa ficou inviável ou nunca se recuperou.
Há dois meses a área econômica tem acompanhado um fato que acabou redundando na queda do Presidente do Banco Mundial. Dele podemos tirar várias lições sobre a administração de crise nas grandes organizações. O fato é que Paul Wolfowitz, presidente do Banco Mundial, admitiu em abril último ter favorecido sua namorada Shaha Riza, funcionária do mesmo banco, ao promovê-la para um cargo com salário milionário.



A tragédia com o avião da TAM ocorrida nesta terça-feira (17/07) mostra mais uma vez a necessidade de um programa preventivo de comunicação para situações graves como a de um acidente destas proporções. Entre os vários intervenientes nessa tragédia, que vai do Governo à empresa aérea, passando por Ministério da Defesa, Comando da Aeronáutica, Anac, Infraero, polícia, bombeiros, sindicato dos aeroviários, enfim, vários interlocutores, vimos nesse episódio uma série de desencontros, próprios de situações conturbadas, mas que poderiam ser evitados e minimizados se as assessorias e autoridades estivessem mais preparadas e coordenadas.
