
24 anos depois, atentado ao WTC ainda deixa vítimas fatais
A manchete do New York Post é chocante. "Número de socorristas e outros com câncer ligado ao 11 de setembro dispara para quase 50.000". Essas pessoas foram diagnosticadas com cânceres associados às toxinas liberadas nos ataques. O número de mortos pela doença (3.767 até agora) supera o de vítimas fatais daquele dia do atentado (2.996).
Sim. O jornal americano se refere aos sobreviventes, socorristas, voluntários ou feridos que tiveram contato com o pó tóxico da explosão, após incêndio e queda das torres gêmeas do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001. É o tipo de crise que não acaba, pelas consequências graves que perduram, durante anos.
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Passada a euforia da eleição de Obama, os americanos caem na real. Os problemas que mais os afligem mereceram uma ousada gozação de um grupo de ativistas progressistas e liberais, denominado The Yes Men. Eles simplesmente imprimiram 1,2 milhão de exemplares de uma falsa edição especial do The New York Times, com a manchete principal “Guerra do Iraque acabou”.
Terça-feira, 20 de maio, 17h16m. A Globo News interrompe a programação para informar que um avião da empresa Pantanal havia caído sobre um prédio em São Paulo: “Foi na zona sul da capital paulista. Ainda não se sabe se há vítimas, fora a tripulação. A queda foi próxima do aeroporto de Congonhas. O bairro atingido pelo avião se chama Campo Belo. Três carros de bombeiros estão se dirigindo para o local. Não se sabe se apenas um prédio foi atingido”.
Falhas na preparação para a crise e confiança de que a experiência e a força da organização poderão superar a crise são apontadas como os principais erros das empresas pelo especialista americano em crises Jonathan Bernstein*, em entrevista exclusiva ao site Comunicação & Crise. Ele fala também da perda de influência da mídia tradicional, do papel do CEO, além de indicar os dez passos para uma correta administração de crise.
Enquanto dribla a crise do dossiê, o governo tenta conter outra. A saída da ministra Marina Silva é o desenlace de uma crônica anunciada há bastante tempo. Em fevereiro deste ano, comentário deste Blog dizia que a devastação na Amazônia mostrava o despreparo da área pública para enfrentar crises. Ministros batiam boca pela imprensa. Os dados eram conflitantes.
Não foi uma decisão fácil. Em Madison, pequena cidade do interior de Wisconsin (EUA), o jornal The Capital Times, fundado há 90 anos, no fervor da I Guerra Mundial, deixou de ser impresso e agora só terá uma edição diária na internet. Manterá apenas uma revista semanal impressa e um guia de Madison.
Escândalos recentes envolvendo famosos e políticos mostram a tênue linha que separa a vida pública e privada dessas personalidades. Ou o que eles gostariam de esconder, mas a mídia não deixa.









