
As crises graves do Brasil neste fim de ano
O Brasil se despede de 2025 com vários passivos pelo menos em três segmentos: segurança da população, junto com a saga da corrupção e dos golpes virtuais; insegurança nas estradas, principalmente nos acidentes com caminhões, que redundam em milhares de mortes todos os anos; e um aumento preocupante dos crimes de feminicídio em todo o país. São três crises que o governo, a sociedade civil, o ministério dos Transportes e o Judiciário não conseguiram resolver.
A prática de pressionar a imprensa, mediante constrangimentos jurídicos, como ocorre atualmente com as ações da Igreja Universal, não é novidade no comportamento de quem quer cercear a ação da imprensa. A pressão comercial de algumas empresas, quando cortam a publicidade por represália, ou até as alegações de patriotismo, como usou o Governo Bush, na Guerra do Iraque, são outras ações praticadas para pressionar a imprensa por quem se sente incomodado com a publicação de matérias que ameaçam a reputação. Na falta de uma explicação convincente e transparente, o caminho mais fácil é tentar constranger a imprensa ou os jornalistas.
Personalidades famosas ou autoridades eventualmente podem ser vítimas de calúnias ou de matérias negativas que, mesmo verdadeiras, não fazem bem para a reputação. Mas isso já não é um problema.
Denúncias de proprietários de que falhas no dispositivo de rebatimento do banco traseiro do automóvel Fox, fabricado pela Volkswagen, podem acarretar acidentes, mutilando dedos acabaram no Jornal Nacional. O assunto surgiu esta semana em alguns jornais e blogs e acabou levando a multinacional a se pronunciar sobre os incidentes. Numa infeliz intervenção, acabou atribuindo aos motoristas a culpa pelos acidentes.
Duas boas notícias para a mídia brasileira. A circulação dos 92 jornais filiados ao Instituto Verificador de Circulação (IVC) cresceu 11,8% em 2007, em relação ao ano anterior, segundo dados do IVC. Em dezembro, foram 4,143 milhões de exemplares distribuídos em média diariamente.
A divulgação na semana passada de que o desmatamento na Amazônia aumentou no último trimestre acendeu uma luz amarela nos gabinetes dos ministérios de Brasília. Ninguém quis assumir a culpa sozinho e até o presidente da república colocou em dúvida os dados divulgados oficialmente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e pela ONG Imazon, corroborados pelo Ministério do Meio Ambiente.
O Brasil continua um eterno desconhecido para a mídia americana. Essa é a percepção de quem se desse ao trabalho de acompanhar notícias em canais de TV ou emissoras de rádio do sul dos EUA, durante pelo menos 15 dias, entre o fim do ano passado e o início de 2008.









