A crise do INSS expõe a incompetência do Estado como gestor
O desvio bilionário de recursos dos aposentados, por descontos não autorizados nos salários, geridos por sindicatos, entidades associativas de aposentados, e até funcionários públicos ligados ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), é um dos maiores escândalos financeiros na área pública do país, nos últimos anos. O crime escancara a incompetência dos órgãos públicos em geral, de fazerem a gestão correta dos recursos do Tesouro Nacional. Em uma grande empresa privada, com boa governança e gestão financeira, se fato similar ocorresse, muito provavelmente o ‘compliance’ ou a diretoria de gestão de riscos teriam descoberto. Essa fraude escancara também a inépcia e irresponsabilidade dos gestores em usar mecanismos de controle, muitos nomeados sem experiência, apenas por indicações políticas e outros interesses.
A recente discussão entre o presidente do STF e o ministro Joaquim Barbosa não teria tanta repercussão, se tivesse acontecido há 20 anos, quando a mídia eletrônica era incipiente. O poder de disseminação das imagens por meio da TV e dos sites eletrônicos maximizou o acalorado confronto. A ponto de as torcidas e até a mídia se dividirem a favor do presidente do STF ou do ministro Joaquim Barbosa.
O mundo virtual não poupa ninguém. Domino’s, a maior cadeia americana de pizza, enfrenta desde segunda-feira, 13, uma grave crise, quando dois empregados da empresa, em Conover, Carolina do Norte, jogaram na internet cenas grotescas, enquanto eles preparavam alimentos para serem servidos.

É impressionante como algumas figuras públicas fazem uma força danada para estar nas manchetes negativas. E depois se queixam dos jornalistas. Jogador de futebol, então, é uma categoria que vez ou outra sai do caderno de esportes e pula para as páginas policiais. Depois de Ronaldo e os travestis, de Robinho acusado e absolvido de estupro, agora é o Adriano, vulgo imperador, que continua pregando algumas. Na Copa do Mundo, após a derrota do Brasil para a França, foi flagrado junto com alguns colegas “comemorando” numa boate da Alemanha. Ultimamente as notícias sobre o jogador estão mais ligadas à noite do que aos gramados.

A crise na área de pessoal do Senado Federal é apenas uma pequena mostra do que permeia os poderes da República. Começa em Brasília, no Executivo, passa pelo Legislativo, o Judiciário e se estende até a mais pobre prefeitura dos municípios brasileiros. É o descaso com o dinheiro público. Quando um desafeto, o opositor ou até mesmo a mídia descobrem, o tema toma ares de escândalo e todo mundo sai correndo para fingir que vai trancar a porta.