O Brasil em estado de crise
Se um habitante de outro planeta pousasse no Brasil nas últimas semanas, dificilmente ele permaneceria por aqui. O Brasil tem assistido em menos de um mês eventos de extrema gravidade que se enquadram naquilo que o filósofo e sociólogo Zygmunt Bauman chamou de “estado de crise”. Se não, vejamos. O Brasil amanheceu neste 6 de agosto na antessala de uma grave crise econômica: o tarifaço de Trump. Uma decisão controversa, que nos Estados Unidos teve um objetivo econômico, mas no Brasil tomou o rumo de uma crise política. Sem entrar no mérito das bizarras alegações do presidente americano, na famosa “carta”, enviada ao governo brasileiro, o fato é que os Estados Unidos fixaram uma taxa de 50% para grande parte dos produtos exportados pelo Brasil para aquele país. Sem espaço para a negociação, o Brasil tenta buscar alternativas para minimizar os efeitos da decisão para a economia brasileira.
Leia mais...O ano de 2018 foi extremamente difícil para algumas grandes marcas. Apareceram crises de certo modo improváveis para marcas fortes e com uma reputação, até certo ponto, invejável. Boeing, Nissan, Uber, Tesla, Fiat, GE, Starbuck’s, Air France, Marriot, Google, Facebook foram algumas das marcas mais conhecidas que estiveram envolvidas em crises graves e complicadas para administrar em 2018.
Um jogador de futebol deveria estar nas manchetes pelos lances geniais ou gols que marca ou defende. Ele passa a semana toda treinando, joga uma ou duas vezes por semana. Ele tem 90 minutos para mostrar o trabalho e brilhar. Quando se projeta, como Neymar e tantos outros, superando uma vida difícil, até mesmo de pobreza, são negociados por valores milionários, que se transformam também em participações e salários nababescos. Alguns poucos, muito poucos viram celebridades. É uma mudança de patamar muito rápida, para a qual a maioria não está preparada.
Um cenário de pesadelo para uma equipe de comunicação, até porque não é uma crise típica, para a qual a organização esteja preparada, inclusive quanto aos efeitos, que podem ser pequenos ou extremamente deletérios para os negócios. Estamos falando de um cyberataque, que de uma hora para outra pode pegar a empresa de surpresa. Se você não tiver todos os fatos, você sofrerá a pressão da mídia, sobre a extensão do ataque. E, com isso, será difícil a empresa definir uma agenda de como se posicionar nesse momento. Não pode ficar em silêncio ou fingir que nada está acontecendo.
No jornalismo, o esporte informa, mas também flerta com o entretenimento. E não só isso: é extremamente poroso às pressões de anunciantes, o que pode minar muito a sua credibilidade. Fazer promoções para envolver o público sempre fez parte do jornalismo esportivo. Mas quando a questão mercantil se torna a alma da coisa, tudo fica para trás: a informação, a graça, o respeito, a dignidade humana.
Embora exista absolutamente a necessidade de ter cuidado ao lidar com questões que envolvem grandes riscos de litígio judicial, às vezes a situação exige uma palavra clara: "Lamentamos" ou “Desculpem”. Em artigo publicado no blog Bernstein Crisis Management, o especialista em reputação e crise, Mark Story, analisa a crise da gigante americana Boeing.
Após a série de tragédias que se abateu sobre o Rio de Janeiro nos primeiros meses do ano, principalmente a última enxurrada que acabou na morte de várias pessoas, a prefeitura da cidade resolveu declarar guerra às Organizações Globo.