
Ouvir os stakeholders numa crise cria confiança e protege a reputação
Qual o dano uma crise corporativa pode causar? Em grande parte das organizações ou empresas que enfrentaram crises graves, de que são exemplos Boeing, Volkswagen, Wirecard AG, Toshiba, Malaysia Airlines; Vale, VoePass, 123 milhas, Lojas Americanas e, em anos passados, Petrobras, Enron, British Petroleum-BP, Exxon, Uber, Wells Fargo, o prejuízo financeiro e o arranhão na reputação teve um efeito incalculável. Em alguns casos, fatal. A empresa ficou inviável ou nunca se recuperou.
A recente polêmica envolvendo o Secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, suscita uma reflexão sobre a importância da reputação na trajetória de pessoas e de organizações. De autoridades públicas, o mínimo que se exige é ter a reputação ilibada. Principalmente aqueles que desempenham cargos de extrema confiança, porque lidam com áreas sensíveis, como, por exemplo, as de saúde, segurança, justiça, entre tantas outras.
A crise da Grécia que teve seu ápice nesta semana com protestos populares e a aprovação do pacote pela União Européia coloca o mundo econômico em alerta. Depois da quebra do Lehman Brothers, em 2008, nenhum acontecimento semeou tanta preocupação quanto a crise grega.
“Pode ser pior que o Valdez”. Essa é a expressão de ambientalistas que acompanham de perto o maior desastre ecológico do últimos tempos nos Estados Unidos. O acidente representa um baque não apenas financeiro para a British Petroleum, mas um estrago a longo prazo na sua reputação e, possivelmente, nas suas intenções de continuar com negócios no Golfo do México.
Esta semana, o bilionário Rupert Murdoch, o todo poderoso dono do conglomerado News Corporation, lançou um caderno no The Wall Street Journal totalmente voltado para Nova York. O objetivo é cutucar o seu principal rival, o New York Times, o mais prestigiado jornal dos Estados Unidos e do mundo.
A crise da montadora Toyota parece não ter fim. Agora é a vez do Brasil. Depois do Ministério Público Estadual de Minas Gerais ter proibido a comercialização do modelo Corolla no estado, devido a problemas no acelerador, causados pelo tapete do carro, a montadora fez acordo com o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor-DPDC, do Ministério da Justiça. Terá que fazer recall dos modelos 2008 em diante, para substituir o tapete do motorista.
Quem diria? A súbita erupção do vulcão da geleira Eyjafjllajokull, no sul da Islândia, inativo há 200 anos, provocou o maior apagão da história da aviação, superando até mesmo o caos do 11 de setembro de 2001. Administradores de aeroportos, empresas aéreas e controladores foram apanhados de surpresa com a necessidade de suspender todos os voos numa extensa área do norte da Europa. Aviões no pátio não só na Europa, mas em todos os aeroportos, pontos de partida com destino europeu.









