
As crises graves do Brasil neste fim de ano
O Brasil se despede de 2025 com vários passivos pelo menos em três segmentos: segurança da população, junto com a saga da corrupção e dos golpes virtuais; insegurança nas estradas, principalmente nos acidentes com caminhões, que redundam em milhares de mortes todos os anos; e um aumento preocupante dos crimes de feminicídio em todo o país. São três crises que o governo, a sociedade civil, o ministério dos Transportes e o Judiciário não conseguiram resolver.
Pode ter passado despercebido. Mas nove anos depois do grave erro do Laboratório Schering, quando dezenas de mulheres engravidaram por erro na fabricação de pílulas, a Schering foi condenada pelo STJ-Superior Tribunal de Justiça a pagar indenização coletiva de R$ 1 milhão por danos morais, resultado de ação movida pelo Estado de S. Paulo e Procon, em benefício das mulheres que engravidaram com o anticoncepcional Microvlar, sem princípio ativo, em 1998.
Notícia publicada pela Folha de S. Paulo de 10/10/07 expõe o ex-Ministro da Educação e Deputado Federal Paulo Renato de Souza, ao tentar publicar artigo naquele jornal, com críticas ao governo, por permitir a incorporação do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) pelo Banco do Brasil.
Recente pesquisa mensal do Ibope/NetRatings concluiu que em agosto o número de usuários residenciais ativos de Internet bateu novo recorde no Brasil, atingindo 19,3 milhões de pessoas. Em relação a julho o crescimento foi de 4,2%. Em números absolutos, o total de internautas chegou em agosto ao maior patamar: 30,1 milhões de pessoas.
Crise não é só privilégio de companhia aérea, político ou governos. Ela ataca também time de futebol, independente do tamanho da torcida. O Corinthians entrou no inferno astral desde que a imprensa e a Polícia Federal começaram a levantar suspeitas sobre a parceria com a MSI, feita há três anos.
Só faltava esta. Depois de constranger passageiros a tirar sapatos, abrir malas, expurgar líquidos, passar por várias revistas e detectores e responder a perguntas simplórias sobre portar explosivos na bagagem, a política anti-terrorista americana quer determinar agora o que você pode fazer com seu computador.
Depois do “estupra, mas não mata” de Paulo Maluf e do “relaxe e goze” da Ministra do turismo, parece que as autoridades estavam tomando mais cuidado antes de falar de improviso. Mas o festival de frases infelizes que assola o país continua.









