internet-imagem Personalidades famosas ou autoridades eventualmente podem ser vítimas de calúnias ou de matérias negativas que, mesmo verdadeiras, não fazem bem para a reputação. Mas isso já não é um problema.

 Na Inglaterra, segundo o The Sunday Times, empresas especializadas, localizadas em Londres e na Califórnia, oferecem serviço para “limpar” os conteúdos muito negativos.   

Michael Fertik, executivo da Reputation Defender, uma empresa com sede na Califórnia, atende um cliente, psicólogo da área acadêmica de Londres, ansioso por “esconder” matéria que ele mesmo escreveu na internet sobre sua depressão.  

Ele afirma que a demanda pelos serviços é extremamente alta. Quase todos os clientes são pessoas comuns ou clientes top com perfil de altos executivos. Michael cobra 25 mil dólares por um ano o pacote de serviços básicos, podendo chegar a 600 mil dólares para uma versão mais sofisticada.

As formas típicas de abusos on line – chamadas de “trolling” ou “flaming” – incluem a colocação de fotos comprometedoras em redes sociais, tais com Orkut ou Facebook. Para muitas celebridades, teclar o nome no Google pode ser um tormento, com páginas de ataques à própria integridade moral,  habilidades profissionais ou até mesmp exposição de façanhas sexuais. Algumas vezes os abusos podem ser mais sérios, até com acusações criminais.  

Quando uma palavra é clicada no Google, os links que aparecem na tela são usualmente ranqueados pelo número de outros sites que linkam essa página. Quanto mais links, melhor a colocação. Assim como na imprensa, coberturas negativas tendem a atrair mais links, levando uma página ou referência para o top da lista de procura do Google.

Os chamados “limpadores de reputação” contra-atacam pela criação de inúmeros links com cobertura positiva para a pessoa ou a empresa.  O jornal londrino dá o exemplo de entrada no Google para a supermodelo Kate Moss. Na segunda semana de fevereiro, a primeira página do Google não fazia menção ao escândalo do seu envolvimento com cocaína em 2005. Em lugar disso, aparecia listado um perfil e a homepage da sua coleção de roupas. A menção às drogas não aparece até o topo da segunda página. Trabalho de profissional.  

Serviços semelhantes são oferecidos aos pais para monitorar os filhos na internet, por preços bem mais módicos. Os estudiosos da internet dizem que em tese usuários prejudicados na internet poderiam acionar os responsáveis pelos conteúdos negativos. Mas poucos casos são bem sucedidos, sendo muitas vezes praticamente impossível descobrir ou controlar o responsável pelos sites particulares.

Com um bilhão de acessos por dia no Google, mais l,6 milhão de blogs postados, é duro para os internautas famosos saber ou controlar o que está sendo escrito sobre eles.

As pessoas podem dizer na internet qualquer coisa e estará no domínio público, diz um porta-voz da Tiger Two, empresa que controla a presença de clientes celebridades na internet, cobrando de 4 mil a 10 mil dólares por mês. (JF, de Londres)

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