A crise do INSS expõe a incompetência do Estado como gestor
O desvio bilionário de recursos dos aposentados, por descontos não autorizados nos salários, geridos por sindicatos, entidades associativas de aposentados, e até funcionários públicos ligados ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), é um dos maiores escândalos financeiros na área pública do país, nos últimos anos. O assalto aos salários dos aposentados evidencia a dificuldade dos órgãos públicos em geral, de fazerem uma gestão correta dos recursos públicos. Essa fraude escancara também a inépcia dos gestores em usar mecanismos de controle, que impedissem que organizações criminosas utilizassem métodos excusos para ingressar no sistema de pagamentos do INSS.
Problema elétrico do Boeing 737 MAX afeta alguns aviões do modelo e a crise da Boeing com esse avião parece não ter fim.
Algumas crises começam, duram algum tempo e não terminam rapidamente. Quando envolvem uma marca, por mais forte que seja, acaba produzindo um desgaste difícil de reparar, no futuro. De certa forma, são crises intermináveis. É o que está acontecendo com a Boeing, em função do labirinto em que entrou o modelo 737 MAX, lançado como a grande esperança da empresa para reverter perdas nos últimos anos. Poucos meses depois de retornar aos céus, o problemático jato da Boeing enfrenta outro revés.
A ONG médica afirma que a negligência do governo está custando vidas, já que o número de mortos ultrapassa 362.000, perdendo apenas para os EUA. Hoje (16), o País chegou perto de 370 mil mortos, com mais 3.070 perdas em 24h.
A resposta negligente do governo brasileiro à Covid-19 mergulhou o país sul-americano em uma "catástrofe humanitária" como uma bola de neve que deve se intensificar nas próximas semanas, alertou a ONG médica Médicos Sem Fronteiras.
A denúncia foi publicada na quinta-feira, nos principais jornais do mundo. O britânico The Guardian publicou a notícia como chamada de capa do site. No início de maio do ano passado, o mesmo jornal dizia que "O Brasil viu o maior aumento diário em seu número de mortes por coronavírus, apesar das sugestões errôneas do presidente Jair Bolsonaro de que o pior da crise havia passado." Foi quando o presidente minimizava a pandemia, alegando que era uma "gripezinha", que logo passaria.
Uma questão interessante para quem trabalha com gestão de crises é a imprevisibilidade das crises. Afinal, as crises podem ser previstas? O Brasil atingiu ontem uma marca terrível: 300 mil mortes por Covid-19, em um ano. Só os Estados Unidos têm números maiores. Com uma população um terço maior. Em mortes por 1 milhão de hab, os EUA registram 1.654 óbitos e o Brasil 1.424.
Em março do ano passado, quando morreu o primeiro paciente por Covid no Brasil, nenhum brasileiro de sã consciência e discernimento poderia prever ou sequer ousar especular que teríamos 300 mil mortes pelo coronavírus, um ano depois. E por que nos permitimos chegar a essa marca histórica? Com todas as consequências nefastas para os brasileiros?
Crise do coronavírus
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O Brasil completou neste mês de março um ano de luta contra o coronavírus. Por mais pessimista que fosse o brasileiro, quando o primeiro caso de Covid foi descoberto aqui, jamais poderia imaginar que um ano depois estivéssemos enfrentando nova onda e o auge da pandemia, chegando ao recorde de 2.840 mortos e de mais de 90 mil infectados em 24h.
Neste 11 de março, completam-se dez anos da tríplice tragédia do Japão: terremoto, tsunami e explosão de reatores da Usina nuclear de Fukushima. É considerado um dos maiores desastres naturais da história, porque a tragédia natural foi combinada com o acidente nuclear, que levou à explosão de reatores da usina nuclear, seguida da evacuação da região, e a prejuízos incalculáveis. A extensão e o custo da tragédia se devem mais às consequências da explosão do reatores em Fukushima, do que propriamente às dos fenômenos naturais.
O mundo atravessa um dos períodos mais conturbados de sua história. A maior crise em pelo menos 100 anos. Apenas para ficar no século XX até esse início de século, poucos acontecimentos históricos podem se comparar, em dimensão e consequências desastrosas, com a pandemia do Coronavírus.
Para ficar com os mais emblemáticos: as duas Guerras Mundiais de 1914-1918 e 1939-1945; a pandemia da chamada Gripe Espanhola, em 1918; a revolução soviética, em 1917; a quebra da Bolsa de Nova York e a crise financeira de 1929. Houve outras guerras? Sim. Outros acontecimentos graves, que impactaram a humanidade? Sim. Mas da forma como esta pandemia afeta todos os países de forma inapelável e deletéria, basta ficar nos eventos históricos que citamos.