Homilia completa do Papa Leão XIV na missa inaugural em Roma
Caros irmãos Cardeais,
Irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Distintas Autoridades e Membros do Corpo Diplomático,
irmãos e irmãs!
Saúdo a todos com o coração cheio de gratidão, no início do ministério que me foi confiado. Santo Agostinho escreveu: “Criaste-nos para ti, [Senhor], e o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em ti” (Confissões, 1, 1.1).
Nestes últimos dias, vivemos um momento particularmente intenso. A morte do Papa Francisco encheu nossos corações de tristeza e, naquelas horas difíceis, nos sentimos como aquelas multidões das quais o Evangelho diz que eram “como ovelhas sem pastor” (Mt 9,36). No dia de Páscoa, porém, recebemos a sua bênção final e, à luz da Ressurreição, enfrentamos este momento na certeza de que o Senhor nunca abandona o seu povo, reúne-o quando está disperso e «guarda-o como um pastor vigia o seu rebanho» (Jr 31, 10).
Leia mais...O Cenipa – Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos apontou pelo menos quatro fatores que teriam contribuído para a queda do avião que vitimou o candidato a presidente, Eduardo Campos, em agosto de 2014, e mais cinco pessoas. A FAB apresentou ontem as conclusões da investigação sobre o acidente ocorrido com o Cessna, no momento do pouso, no aeroporto de Santos.
79% das empresas consideram a reputação corporativa importante; 26% fazem pouco para gerenciar a reputação profissional
Mais de um quarto do valor das pequenas e médias empresas corresponde à reputação, mas muitas empresas ainda não conseguem controlá-lo corretamente. Essa é a conclusão chocante de pesquisa “Índice de sentimento das pequenas e médias empresas”, feita pela Quoted Companies Alliance e pela BDO, no Reino Unido. Notícia sobre o relatório da pesquisa foi publicada no jornal britânico The Telegraph: "Company reputation Worth £1.7 trillion to the UK but quarter of firms ignore it”, no início deste mês.
Um estrangeiro que chegasse no Brasil neste início de semana, e não conhecesse a realidade do país, ficaria chocado com as chamadas de primeira página dos principais jornais e telejornais. Mais parece um país no meio de uma catástrofe. Predominam as chamadas negativas, com dados cada vez piores e poucas ou nenhuma notícia que aponte como iremos sair dessa longa e sombria noite pelos corredores da crise.
A estreia do filme “Spotlight – Segredos Revelados” não é apenas a exibição de um grande filme. Com tudo que um bom roteiro e uma boa direção podem fazer. É, antes de tudo, uma aula de jornalismo. Principalmente pelo tema escolhido: a crise da Igreja Católica com o escândalo sobre pedofilia nos Estados Unidos.
É uma oportunidade de ver como o jornalismo investigativo, ancorado numa editoria corajosa e comprometida, com uma equipe profissional de alto nível, consegue enfrentar o poderoso lobby de uma instituição poderosa e secular. Mostra a força da imprensa se digladiando com a da Igreja e da sociedade local, católica e conservadora, que fingia não saber o que acontecia nos porões da diocese de Boston. O filme retrata um momento ímpar do jornalismo; mas protagoniza também um soco impiedoso e sem escrúpulos no estômago da Igreja.
2015 não deixa saudades. Foi um ano marcado por crises de todos os tipos, principalmente no Brasil. Mas outros países, como França, Síria, Iraque, Nigéria, Grécia, Quênia, Turquia, para citar apenas alguns, tiveram graves crises, sob qualquer aspecto que entendamos a palavra. A França ficou em evidência pelo drama de ter sido alvo do maior ataque feito contra o país desde a II Guerra Mundial. E o Brasil, como se não fossem suficientes as crises econômicas, políticas, institucionais e éticas por que passamos, foi palco da maior tragédia ambiental da história e uma das maiores do mundo, com o rompimento da barragem de rejeitos da Mineradora Samarco, em Minas Gerais.
Ao ver os festejos de passagem de ano em várias capitais pelo Brasil, no último dia de 2015, me perguntei: o que o povo brasileiro está comemorando? A saída de 2015 ou a entrada de 2016? Para qualquer dos dois lados que olhe, o cenário, lamentavelmente, foi e será o pior possível. Ao ver o esforço das prefeituras em rapidamente montar palcos, contratar bandas, gastar milhares de reais com fogos de artifício (mesmo com os cofres zerados), voltam à lembrança as cenas de guerra mostradas pela televisão dos hospitais do Rio recusando pacientes, nas últimas semanas; e enfermeiros e médicos lamentando a impossibilidade de dar um mínimo de assistência aos doentes que saem chorando de hospitais, casas de saúde ou das badaladas UPAs.