O Brasil em estado de crise
Se um habitante de outro planeta pousasse no Brasil nas últimas semanas, dificilmente ele permaneceria por aqui. O Brasil tem assistido em menos de um mês eventos de extrema gravidade que se enquadram naquilo que o filósofo e sociólogo Zygmunt Bauman chamou de “estado de crise”. Se não, vejamos. O Brasil amanheceu neste 6 de agosto na antessala de uma grave crise econômica: o tarifaço de Trump. Uma decisão controversa, que nos Estados Unidos teve um objetivo econômico, mas no Brasil tomou o rumo de uma crise política. Sem entrar no mérito das bizarras alegações do presidente americano, na famosa “carta”, enviada ao governo brasileiro, o fato é que os Estados Unidos fixaram uma taxa de 50% para grande parte dos produtos exportados pelo Brasil para aquele país. Sem espaço para a negociação, o Brasil tenta buscar alternativas para minimizar os efeitos da decisão para a economia brasileira.
Leia mais...A mídia, pautada por empresas com assessorias competentes, corre sempre o risco de escorregar. Vender como novidade fatos que já foram notícia. Em alguns casos, assume a versão da fonte, a ponto de tentar reinventar a roda. Na edição de sexta-feira, 21, reportagem do jornal Folha de S. Paulo, “Passageiros de mentirinha” fala sobre ação “inédita" em Guarulhos.
Imaginemos que existisse um ranking no Brasil das "mais odiadas empresas brasileiras”, analisadas sob os mais diferentes critérios: ética, atendimento, inovação, agilidade, preço, governança, produtos, desempenho financeiro e outros.
Quem estivesse nessa lista, certamente, teria um grande problema de imagem para resolver, estaria literalmente em crise.
O americano John Stanmeyer foi o vencedor do World Press Photo de 2014, com a fotografia dos imigrantes africanos com telefones estendidos para o céu na esperança de captar um último sinal de rede, durante a noite.
Em outubro de 2012, os estados de Nova York, Nova Jersey e arredores enfrentaram uma das mais violentas tempestades dos últimos anos nos Estados Unidos. O Furacão Sandy causou 110 mortes no país e deixou centenas de feridos, apesar de ser uma catástrofe onde o trabalho de prevenção funcionou. Os prejuízos com a tempestade foram estimados em 50 bilhões de dólares.
A circulação de jornais impressos no Brasil caiu 1,9% em 2013, seguindo uma tendência mundial, verificada há alguns anos nos Estados Unidos, Europa e outros países de perfil parecido, inclusive na América do Sul. Segundo o IVC-Instituto Verificador de Circulação, 4,43 milhões de jornais foi a média diária em 2013, somando todos os periódicos do território nacional. Até 2012, a circulação de jornais vinha crescendo.
O Brasil está no centro de uma polêmica que pautou a mídia internacional pelo menos desde 2008, quando estourou a crise econômica mundial. Da “marolinha” de Lula, desdenhando de que a crise chegasse ao Brasil, em 2008, à declaração de um empresário top brasileiro, neste fim de semana, de que “a confiança dos empresários no governo acabou”, seria a mídia culpada pelas manchetes negativas que inundam os meios de comunicação, sites online e redes sociais?