Gestão do risco corporativo: primeiro passo da gestão de crises
“Falar em risco subentende o potencial de causar dano ou, de forma mais genérica, a potencial exposição à perda. Quando definimos crise, uma palavra sempre costuma aparecer, como se não fosse possível falar sobre crises corporativas sem sua sombra: ameaça. A crise quase sempre representa uma ameaça severa aos resultados de um programa de governo, a uma corporação, a um negócio. A noção de ameaça é inerente à discussão sobre risco. Com gerenciamento de risco, eu reduzo o nível de ameaça”. (1)
Um cenário de pesadelo para uma equipe de comunicação, até porque não é uma crise típica, para a qual a organização esteja preparada, inclusive quanto aos efeitos, que podem ser pequenos ou extremamente deletérios para os negócios. Estamos falando de um cyberataque, que de uma hora para outra pode pegar a empresa de surpresa. Se você não tiver todos os fatos, você sofrerá a pressão da mídia, sobre a extensão do ataque. E, com isso, será difícil a empresa definir uma agenda de como se posicionar nesse momento. Não pode ficar em silêncio ou fingir que nada está acontecendo.
No jornalismo, o esporte informa, mas também flerta com o entretenimento. E não só isso: é extremamente poroso às pressões de anunciantes, o que pode minar muito a sua credibilidade. Fazer promoções para envolver o público sempre fez parte do jornalismo esportivo. Mas quando a questão mercantil se torna a alma da coisa, tudo fica para trás: a informação, a graça, o respeito, a dignidade humana.
Embora exista absolutamente a necessidade de ter cuidado ao lidar com questões que envolvem grandes riscos de litígio judicial, às vezes a situação exige uma palavra clara: "Lamentamos" ou “Desculpem”. Em artigo publicado no blog Bernstein Crisis Management, o especialista em reputação e crise, Mark Story, analisa a crise da gigante americana Boeing.
Após a série de tragédias que se abateu sobre o Rio de Janeiro nos primeiros meses do ano, principalmente a última enxurrada que acabou na morte de várias pessoas, a prefeitura da cidade resolveu declarar guerra às Organizações Globo.
A crise da gigante Boeing, com o avião 737 Max, foi em grande parte auto-infligida, mas agora ela tomou uma dimensão que ultrapassou os limites da empresa, com consequências financeiras e operacionais para os clientes e fornecedores. Desde os questionamentos que vieram à tona, após o acidente com o avião da Ethiopian Airlines, no início de março, quando morreram 150 pessoas, a empresa passou a ser escrutinada não apenas por seus stakeholders, mas também pelos órgãos de aviação dos Estados Unidos, da União Europeia e de outros países.
A maior crise do brasileiro - aquele contingente que deveria comemorar, todos os dias, porque está empregado - que causa estresse, depressão e até dependência de remédios é o receio de perder o próprio emprego. Esta é a principal conclusão de pesquisa da Stress Management Association (Isma-BR), feita pela empresa americana, com brasileiros, no início do ano. O resultado foi publicado no jornal “Valor Econômico”, no início do mês, e traz dados preocupantes para a saúde mental e física dos brasileiros.