Não importa o que aconteça ao navio, o capitão é sempre culpado
O título deste artigo, reproduzindo um adágio popular, pode ser lido como uma máxima de gestão de crises, quando se trata de liderança. Mas também cabe como uma luva no episódio do naufrágio do iate Bayesian, do magnata britânico Mike Lynch, na Sicília, na semana passada. O iate de R$ 250 milhões era um dos mais caros e modernos do mundo.
Leia mais...O jornal britânico The Guardian publicou hoje um Editorial, onde chama a atenção para o risco de faltar liderança e o governo britânico perder o controle do combate ao coronavírus. Mais ou menos o que aconteceu na Itália. E alerta: "há mais riscos, do que parecerão retrospectivamente complacência e falta de preocupação com sacrifício igual do que o futuro político de Johnson". "O país precisa de liderança firme - e precisa agora." Muitos preceitos lembrados pelo The Guardian cabem como uma luva na crise brasileira do coronavírus.
O mundo sofre, em alerta total, uma crise na área da saúde, mas que tem impactos decisivos no âmbito econômico, politico e social. A forma como alguns países, sobretudo os mais desenvolvidos, estão administrando a crise do coronavírus poderá determinar o sucesso ou o fracasso de políticas públicas, com repercussão na economia e até mesmo na política.
Em 16 de agosto de 2018, diante do desprezo, dos ataques e das pressões de Donald Trump sobre a imprensa de modo geral, e principalmente a dos EUA, cerca de 400 publicações de todo o mundo responderam à chamada feita pelo jornal The Boston Globe* para denunciar o que eles chamaram de a "guerra" do presidente americano contra a mídia.
Bob Dudley, o CEO que assumiu o comando da petroleira britânica British Petroleum (BP), em julho de 2010, está deixando o cargo. Ele assumiu três meses após a empresa haver mergulhado na maior crise de sua história: o vazamento de 800 milhões de litros de petróleo no Golfo do México, que resultou da explosão de uma plataforma de petróleo em alto mar, com 11 vítimas fatais. Quando ele assumiu sob o olhar cético de muitos analistas, sabia a “bomba” que estaria administrando. Sai agora da BP, em meio ao processo de pós-crise administrado pela empresa.
“O impacto do coronavírus na economia global está crescendo e se espalhando diariamente. O que começou como uma emergência médica na cidade chinesa de Wuhan fez com que aviões ficassem parados, navios de cruzeiro em quarentena, parques temáticos sendo fechados e fábricas de carros engolidas.” O alerta é de Larry Elliot, editor de economia do jornal britânico The Guardian, em artigo publicado na edição de hoje.
Completa um ano neste 25 de janeiro a maior crise corporativa ocorrida no Brasil. Os brasileiros jamais irão esquecer as imagens da Barragem Mina do Córrego do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho-MG, rompendo e fazendo descer uma avalanche de rejeitos de minério, como se fosse uma lava, destruindo tudo que encontrou pela frente. Foram 259 pessoas mortas e 11 desaparecidas. Cenário de filme de catástrofe.*