
O Brasil em estado de crise

Se um habitante de outro planeta pousasse no Brasil nas últimas semanas, dificilmente ele permaneceria por aqui. O Brasil tem assistido em menos de um mês eventos de extrema gravidade que se enquadram naquilo que o filósofo e sociólogo Zygmunt Bauman chamou de “estado de crise”. Se não, vejamos. O Brasil amanheceu neste 6 de agosto na antessala de uma grave crise econômica: o tarifaço de Trump. Uma decisão controversa, que nos Estados Unidos teve um objetivo econômico, mas no Brasil tomou o rumo de uma crise política. Sem entrar no mérito das bizarras alegações do presidente americano, na famosa “carta”, enviada ao governo brasileiro, o fato é que os Estados Unidos fixaram uma taxa de 50% para grande parte dos produtos exportados pelo Brasil para aquele país. Sem espaço para a negociação, o Brasil tenta buscar alternativas para minimizar os efeitos da decisão para a economia brasileira.
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A crise vivenciada pelo MEC, em função do cancelamento das provas do Enem, ao que tudo indica ocorreu pela falta de avaliação dos riscos da operação. Já se descobriu como se deu o vazamento. Mas pelas informações disponíveis, a quebra da segurança, com o cancelamento e consequente prejuízo financeiro e ameaça à imagem do certame, seria resultado também do açodamento do MEC em realizá-lo. Não levou em conta os riscos da operação, pela sua complexidade e dimensão, e a falta de qualificação do consórcio contratado.
A crise econômica não causou estragos apenas nas contas dos governos e empresas. O desemprego afetou muita gente. Mas parece ter atingido mais as famílias de classe média e renda baixa. Desestruturados profissionalmente, os pais, com baixa autoestima, não conseguem manter a família unida. Com isso, um subproduto da crise, constatado por psicólogos e autoridades, é o aumento da violência juvenil, principalmente em países desenvolvidos como Inglaterra, França e Itália.
O jornal britânico The Guardian tem promovido, desde o ano passado, uma série de encontros com jornalistas da redação e convidados para discutir a transição do jornalismo tradicional e os desafios da web.
Barack Obama e Gordon Brown controlam hoje duas potências mundiais, mas nos últimos dias enfrentam crises internas que corroem o prestígio e o apoio que detinham há poucos meses. Obama logo após a posse chegou a ter 70% de aprovação.
Os jornais americanos, depois de amargar prejuízos, demissões e até fechamento de alguns títulos, apresentaram lucros no segundo trimestre. Três grandes empresas, que publicam o New York Times, Washington Post e USA Today, somando juntos 3,81 milhões de exemplares diários, surpreenderam o mercado com os resultados.
“Um importante capítulo em nossa história chegou ao fim”. Assim se expressou Obama na homenagem ao Senador Edward Kennedy, morto dia 25 nos EUA.









