
Feminicídio bate recorde no Brasil, diz estudo
Na sequência das análises das crises que marcam este fim de ano no Brasil, o terceiro tema aborda uma triste chaga brasileira, que precisa de forma urgente ser combatida: o feminicídio. Em 2024, o Brasil atingiu o maior número de feminicídios desde o início da tipificação do crime, em 2015, apontou o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. No total, 1.492 mulheres foram vítimas, o que representa média de quatro mortes por dia. Ao longo do último ano, cerca de 37,5% das mulheres brasileiras foram vítimas de algum tipo de violência, percentual que, projetado em números, corresponde a um contingente de 21,4 milhões de pessoas. Os dados são da quinta edição da pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, realizada pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Em 5 de novembro de 2015, 40 bilhões de litros de lama escorregaram morro abaixo e invadiram um pequeno vilarejo chamado Bento Rodrigues, em Mariana-MG. O rompimento da barragem da mineradora Samarco, um joint venture da mineradora brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Biliton se transformou na maior tragédia socioambiental do País e expôs um problema histórico, principalmente em Minas Gerais, que passa batido pela grande mídia e pelos órgãos fiscalizadores: o alto risco com que mineradoras tratam e armazenam os rejeitos de minério.
No último dia 20 de outubro, o jornal O Estado de S. Paulo publicou artigo de Mauro Rodrigues da Cunha, ex-conselheiro do Conselho de Administração da Petrobras. Por dois anos, de abril de 2013 a abril de 2015, o sr. Cunha foi testemunha, portanto, da transição da Petrobras de um período de sucesso para o início do caos, já que a partir de abril de 2014 a empresa mergulhou num processo de turbulência e denúncias sem precedentes, que culminou certamente na maior crise da história da estatal.
“Os meios de comunicação no mundo ocidental continuam dominados por jornais, revistas e emissoras de TV e rádio, ainda conhecidas como mainstream (mídia tradicional). A prova mais expressiva de seu continuado reinado sobre a opinião pública está na figura do presidente dos EUA, Donald Trump, cujos repetidos ataques a publicações (que ele chama de) “fracassadas” como os jornais The New York Times e o Washington Post, como “inimigos do povo” são um tributo a seu poder continuado.” Quem afirma é o comentarista político John Lloyd*, em artigo publicado pela agência de notícias Reuters, no último dia 19.
A comunicação de crise é tão importante que muita gente confunde administrar a crise com gerenciar a comunicação. Se esta estivesse sob controle, a crise estaria resolvida. E por que acontece isso? Provavelmente, porque muitos executivos acreditam que a crise só pode se chamar “crise” quando o fato negativo saiu dos limites da empresa e foi publicado na mídia, nos blogs ou nas redes sociais. Como se, pelo fato de não ter sido publicado, a organização não tivesse crise. Por isso, uma das primeiras pessoas que o executivo ou o político procura é o assessor de comunicação, na hora da crise.

O incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro é daquelas tragédias que ninguém imagina (nem deseja) que possa ocorrer, mas todo mundo sabia que o risco existia. E que um dia sim, poderia acontecer, principalmente num prédio antigo e mal conservado. Boa parte da estrutura do prédio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, era de madeira, e o acervo tinha muito material inflamável – o que fez o fogo se espalhar rapidamente.
Quando Bento XVI renunciou, em 2013, numa decisão que surpreendeu o mundo, já que não havia renúncia espontânea de um Papa há mais de 700 anos, especulou-se que uma das causas era a pressão da cúria romana, a burocracia do Vaticano e a incapacidade do frágil Pontífice de enfrentar as denúncias de abusos sexuais que apareciam em vários países. Não esquecer que a Igreja Católica vem enfrentando essa crise há pelo menos 16 anos, quando se agravaram as denúncias de abuso nos Estados Unidos. A renúncia pode ter sido causada por muitos outros fatores, entre eles a inaptidão de Bento XVI, um intelectual e teólogo de renome, pela gestão da Igreja e seus inúmeros problemas.









