
Feminicídio bate recorde no Brasil, diz estudo
Na sequência das análises das crises que marcam este fim de ano no Brasil, o terceiro tema aborda uma triste chaga brasileira, que precisa de forma urgente ser combatida: o feminicídio. Em 2024, o Brasil atingiu o maior número de feminicídios desde o início da tipificação do crime, em 2015. Apontou o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. No total, 1.492 mulheres foram vítimas, o que representa média de quatro mortes por dia. Ao longo do último ano, cerca de 37,5% das mulheres brasileiras foram vítimas de algum tipo de violência, percentual que, projetado em números, corresponde a um contingente de 21,4 milhões de pessoas. Os dados são da quinta edição da pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, realizada pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Quem fica algumas horas diante da televisão e vê, nos intervalos da programação, o desfile de anúncios publicitários, se impressiona com as declarações de amor das empresas. As mensagens falam da vida, do carinho, da alegria de ter clientes como você. Se entrar no site das empresas, ao lado da oferta de produtos, você encontrará outros apelos para conquistá-lo.
Crises graves implicam respostas rápidas. A maior rede de supermercado do Reino Unido, Tesco, está seguindo a cartilha de gerenciamento de crises, diz o The Guardian. Mas quando a integridade da cadeia de suprimentos está posta em dúvida, a reação do público é difícil de prever.
Executivos, CEOs, principalmente de grandes empresas, pensam que o tempo pode ser aliado, quando empurram o lixo para baixo do tapete. Mas os esqueletos, quando menos se espera, podem sair do armário, como se fossem fantasmas, prontos para assombrar a reputação deles e das corporações. Malfeitos, cedo ou tarde, vêm à tona.
Algumas fontes jornalísticas se especializam em não dizer nada quando entrevistadas. Personagens da política brasileira entraram para a história do enrolation. Perguntados sobre fatos graves, negativos, denúncias, eles desenvolveram a habilidade de driblar os jornalistas, tergiversar e nunca responder objetivamente.
O ano nem começou e a crise dos bancos europeus parece não ter fim. Depois do escândalo do UBS, que pagou multa bilionária, ao reconhecer manipulação na taxa da Libor, agora foi a vez do mais antigo banco suíço - o Wegelin & Co. anunciar que vai fechar as portas.
A grande crise do Brasil de 2012 foi a seca no Nordeste, que continuará em 2013. Mas o ano foi marcado também pelas greves do serviço público e pela crise no atendimento das telefônicas. Mas ainda tivemos revoltas nos canteiros de obras das usinas; a eterna crise aérea e crianças e adolescentes, como principais vítimas do descaso e da incompetência de empresários e governos.









