40 anos depois, maior crime industrial da história continua impune
Neste 3 de dezembro completou 40 anos o pior desastre industrial do mundo: o vazamento de gás ocorrido na noite entre 2 e 3 de dezembro de 1984 na fábrica de pesticidas americana Union Carbide, em Bhopal, na Índia. A planta industrial era uma unidade asiática da multinacional americana Union Carbide.
Leia mais..."Liderar uma empresa inteira durante uma crise testará suas habilidades de liderança como nada mais. Felizmente, outros antes de você enfrentaram desafios semelhantes. Veja como aprender com eles e emergir mais forte.
“À medida que os CEOs baby boomers* se aposentam, uma nova vaga de líderes está pronta para assumir o poder. Esses novos CEOs estão cheios de novas ideias e perspectivas. No entanto, muitos inevitavelmente enfrentarão uma crise pela primeira vez, liderando uma grande organização.”
O Facebook completou 20 anos em 4 de fevereiro, mas hoje é um ímã de controvérsia, dinheiro e crises, tanto quanto um adolescente impetuoso e que quebrava tudo. Em 31 de janeiro, Mark Zuckerberg, o fundador da rede social, foi criticado por senadores americanos sobre a disseminação de material prejudicial, principalmente a crianças e adolescentes. A cena bizarra em uma comissão do Senado americano viu Mark Zuckerberg se levantar, sob pressão, para se dirigir aos pais e a ativistas que protestavam com fotos dos filhos, contra o Facebook, e pedir desculpas pelo conteúdo tóxico da rede oferecido aos usuários da rede.
Difícil hoje falar em comunicação, tecnologia, mundo digital e até sobre o futuro das empresas, sem abordar o tema Inteligência Artificial (IA). Aí surge uma dúvida se a IA é uma ameaça às organizações e à humanidade, num futuro próximo, ou uma oportunidade, um grande avanço no conhecimento humano que, a exemplo de outras tecnologias, estaria chegando para melhorar e facilitar a vida das pessoas e das organizações. Ou estaríamos diante de uma grave ameaça de crise?
O acidente grave de colisão de dois aviões no aeroporto internacional Haneda, em Tóquio, um dos mais movimentados do mundo, na noite de 2 de janeiro, ao mesmo tempo que mostra uma falha grave de algum dos controles de voo do aeroporto, seja erro humano ou problema de comunicação, nos propiciou também uma verdadeira aula sobre gestão de crises.
Durante anos, no subsolo da lagoa Mundaú, em Maceió, uma mineradora de sal-gema cavou dia e noite para tirar de lá um produto que gerou milhões de dólares de lucro. Mal sabiam os moradores dos bairros na região que estavam à beira de uma tragédia e em cima de uma autêntica arapuca: solo comprometido, afundando, vulnerável, imóveis com rachaduras e interditados para morar. A imprensa cochilou ou esqueceu de acompanhar, apurar e informar. Os governos, órgãos ambientais e, durante certo tempo, até o Judiciário deixaram de fiscalizar. Um por um foram cúmplices ou pelo menos lenientes com o que o jornalista André Trigueiros chamou de “o maior desastre urbano do mundo”.
A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que estabeleceu que empresas jornalísticas podem ser responsabilizadas por declarações feitas por entrevistados é considerada “impossível de aplicar na prática” por especialistas em direito.
Ao permitr a responsabilização civil de veículos de imprensa por entrevistas com indícios de falsidade, o voto usa expressões de significado amplo que ainda deixam margem para dúvidas sobre eventuais julgamentos.