Crise_mundialQuase dois terços (ou 65%) dos diretores globais de comunicação (CCOs-Chief Communication Officers) dizem que a experiência de gestão de crises hoje é pré-requisito para o sucesso. Essa constatação quase dobrou na percepção dos diretores, desde que a pesquisa começou a ser feita, em 2007, quando um terço (33%)  reconhecia essa importância.

Estes resultados, que parecem comprovar uma competência que na prática já se sabia imprescindível para um bom desempenho do comunicador, provêm do levantamento anual, The Rising CCO IV, realizado pela empresa global Spencer Stuart e pela corporação global de RP Weber Shandwick.  A informação foi publicada no site MarketWatch.com.

Segundo a publicação, se levarmos em conta que mais de 70% dos diretores globais de comunicação relatam que suas empresas experimentaram uma ameaça à reputação nos últimos dois anos, não chega a ser uma surpresa que 65% deles digam que competência em reputação corporativa seja sua maior prioridade.

O artigo ressalta que as crises, de modo geral, têm um custo elevado para as organizações que precisam administrá-las. A maioria dos CEOs (74%) despendem muito tempo em busca de uma solução. Segundo  a publicação, os efeitos de uma crise demoram cerca de 15 meses para passar e essas crises geram, ainda,  uma série de outras questões, tais como mais escrutínio da mídia (60%), mais controle governamental (51%) e queda na moral dos funcionários (42%). Naturalmente que esse tempo aludido no artigo refere-se a crises médias, sem efeitos devastadores. Crises graves, em sua maior parte, deixam um rescaldo de anos na imagem da organização.

"Os eventos de negócios globais dos últimos anos têm demonstrado com total clareza o custo dos danos para a reputação corporativa", disse George Jamison, que lidera os negócios de comunicação corporativa da Spencer Stuart. "Como resultado, a experiência na gestão de crises, hoje,  é essencialmente um requisito obrigatório para diretores de comunicação. Como mostra nossa pesquisa de 2012, crises levam tempo para cessar seus efeitos e os executivos ( CEOs) estão certos em querer o melhor talento com eles no bunker, quando se encontram no foco da mídia e no foco político.”

Como lidar com as mídias sociais

O artigo publicado faz uma rápida análise do papel das mídias sociais nas crises. Ajudam ou não o diretor de comunicação? “A mídia social ajuda a resolução das crises. 40% dos diretores de comunicação globais dizem estar preparados para administrar  uma ameaça à sua reputação pelas mídias sociais, hoje,  em comparação com os 33% de 2010, e as mídias sociais representam hoje a ferramenta de comunicação dos diretores que mais cresce em todas as regiões.”

Mas o artigo faz uma ressalva. “A mídia social não é a fonte principal de todas as crises com que hoje os diretores de comunicação devem lidar. Quase metade dos entrevistados (46%), cujas empresas sofreram uma crise nos últimos dois anos, disseram que a mídia social não desempenhou um papel importante na crise, e apenas 7% disseram que a crise começou em mídias sociais. No entanto, quando a mídia social foi o fato gerador da crise, os entrevistados disseram ser mais provável que elas tenham servido para ajudar a resolver a crise do que para torná-la pior.” Ou seja, se não ajudam nas grandes crises, pelo menos não constituem um problema.

A publicação analisa a perspectiva das redes sociais no futuro dos comunicadores. Na opinião de Leslie Gaines-Ross, estrategista-chefe de reputação da Weber Shandwick, a pesquisa de 2012,  com os diretores de comunicação, mostra que as mídias sociais deverão crescer dramaticamente e ter um tremendo impacto sobre os orçamentos dos departamentos de comunicação corporativa. "É encorajador ver que os diretores de comunicação de nível global estão abraçando a habilidade com as mídias sociais para contornar uma crise e, consequentemente, diminuir a perda adicional de reputação” de suas organizações.

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