Bombardeio_sobre_Gaza_245_x_180A verdade continua sendo a principal vítima do atual conflito na faixa de Gaza. Depois de ter assegurado, na semana passada, ao bombardear uma escola de refugiados da ONU, de que o ataque era represália por foguete lançado da Escola, Israel voltou atrás. Uma investigação do exército israelense concluiu que houve erro no ataque que matou 43 pessoas, incluindo mulheres e crianças. A revelação foi feita à Associated Press por oficiais israelenses.  

A escola foi atingida por um “morteiro errante”. O alvo, segundo Israel, eram militantes do Hamas que atiravam perto da escola e não dentro, como de início afirmaram. A ONU desde o dia do ataque vem negando que a escola fosse base de radicais.  

As divergências entre Israel e a ONU não se limitam à troca de versões sobre a escola. A ONU sustenta que há indícios de crimes de guerra em Gaza praticados por Israel, citando um bombardeio de uma casa nos arredores de Gaza, dia 4, onde morreram 30 palestinos, incluindo as eternas vítimas das guerras, as crianças. Os palestinos teriam sido orientados por soldados israelenses a se esconderem na casa, que depois foi bombardeada. Israel nega essa versão. Mas quem acredita?  

A última acusação vem do Human Rights Watch, que acusou o exército isralense de usar munição de fósforo branco, composto químico incendiário, em áreas densamente povoadas de Gaza. A prática fere a convenção de Genebra de 1980, que proíbe o uso do material entre civis.

Nessa marcha da insensatez, com versões desencontradas e práticas condenadas, a principal vítima é o povo palestino, que se encontra encurralado entre o extremismo dos radicais do Hamas e o desrespeito de Israel às determinações da ONU. Aqueles, ficam sorrindo porque suas crianças está virando mártires. Este, acha que a melhor forma de destruir o inimigo é mostrando força a qualquer preço. O que se diz hoje, não vale amanhã. Essa é uma crise que só o super-Obama ainda tem um resquício de credibilidade para resolver.

Para agravar ainda mais as críticas à atuação de Israel, vejam o que publica O Filtro, resumo de notícias da revista Época, em 13 de janeiro de 2009:

Israel deve ser investigado por crimes de guerra

Uma reportagem do jornal The Guardian, de Londres, detalha a pressão que Israel deve sofrer após o fim da ofensiva por conta de supostos crimes de guerra. Ontem, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou uma resolução condenando a ofensiva e afirmando que ela esultou em amplas violações dos direitos humanos na Palestina. Israel é acusado de usar armas poderosas em áreas civis; usar armas proibidas, como bombas incendiárias de fósforo; usar famílias palestinas como escudos humanos; atacar instalações médicas; e matar grandes números de policiais sem papel militar. Mesmo diante de tudo isso, o premiê israelense disse que a comunidade internacional não tem o direito de dizer como Israel deve defender seus cidadãos. É o desrespeito completo pelo direito internacional.

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