E-book2O e-book não é uma invenção muito recente. Está disponível há pelo menos 10 anos no mercado. Mas agora, com uma forte campanha das duas gigantes na área editorial - Amazon e Sony - muitos leitores e editores acreditam que ele pode decolar. A notícia foi publicada no fim do ano passado no The New York Times e deixou excitados os fãs das leituras virtuais.

Estima-se que o público que mais compra esse aparelho está entre 55 a 64 anos. As vendas do e-book da Amazon atingiram cerca de 260 mil unidades desde outubro, podendo chegar a 1 milhão, segundo estimativas. Varejistas asseguram que as vendas triplicaram ou quadruplicaram no último ano.

Mesmo autores que antes tinham certa resistência a vender seu trabalhos em bits ou bytes, agora já estão se adaptando. Ninguém sabe quanto os hábitos dos consumidores podem mudar. Leitores mais fiéis e tradicionais têm quase uma adoração pelo livro físico. Eles não abrem mão de manuseá-lo, do cheiro do papel impresso. Fetiche ou vício que o jornal também possui. Só quem tem paixão pelos livros consegue sentir e saber o que estamos falando.

A tecnologia, porém, pode conquistar outros tipos de pessoas, que, segundo alguns analisas e editores, já representam a maior parte dos leitores. Editores mais ousados esperam que as vendas de livros digitais logo cheguem ao mesmo número das dos livros impressos.

Programas para se ler e-books foram baixados mais de 600 mil vezes, nos últimos meses, sendo o iPhone o líder de downloads. E o iPhone já está quase chegando ao mesmo número de compras de e-books do Sony Reader. Embora eles ainda estejam bem atrás do programa Kindle da Amazon. A Amazon e a Sony estão desenvolvendo novas versões. E estas, segundo as marcas, irão ousar. Já virão com wireless, ou seja, podem fazer downloads de livros, revistas e jornais, sem a necessidade de estarem plugados a um PC.

Livros digitais pelo celular

Mas a novidade que a revista americana Business Week anunciou na edição de 8 de janeiro são os livros digitais que chegam pelo celular. Citam um leitor típico de livros digitais, Adam Parks, que baixou cerca de 20 títulos que ele lê todo ano pelo iPhone. Como viaja muito, aproveita os aeroportos para utilizar o celular nos livros que baixou.

Embora a Amazon, com o Kindle, e a Sony, com o Reader, estejam brigando pela liderança nesse tipo de negócio, os leitores que vivem viajando preferem o celular. Apesar da tela limitada, eles ganham na preferência pela mobilidade que os PCs e lap tops não dispõem, além da economia entre US 250,00 a US$ 360,00 com a compra do leitor eletrônico.

A reportagem da Business Week assegura que está mais fácil conseguir livros pelos telefones celulares, porque as empresas vêm criando páginas na internet, permitindo baixar dezenas de livros, especialmente os clássicos, que não têm proteção de direitos autorais.

O artigo cita uma empresa ucraniana, chamada Readdle, detentora de um software gratuito que permite aos leitores obterem a obra de William Shakespeare (em inglês), por meio do iPhone ou do iPod.

O preço também parece ser outro atrativo. Enquanto títulos novos como "Twilight" podem custar tanto quanto um livro em capa mole, muitos clássicos estão disponíveis por US$ 0,99 ou menos. Um das obras de maior sucesso na loja online da Apple é uma coleção de 14 livros infantis vendidos a US$ 0,99 o pacote, que inclui obras-primas como "Alice no País das Maravilhas", "As viagens de Gulliver" e "Robinson Crusoe".

As editoras estão apostando nos livros digitais, com o que eles poderiam atingir um público maior. Talvez, com dizem, "pessoas que nunca entrariam numa livraria". Os lucros obtidos dos livros digitais poderão ser maiores do que a receita do livro tradicional, porque não há custos de impressão e distribuição.

Para Matt Shatz, vice-presidente de livro digitais da Random House, "a telefonia móvel se tornará o meio mais popular de se ler livros digitais nos próximos anos". Quem viver, verá. Será que o livro tradicional, ao contrário do que muita gente pensa, está realmente com os dias contados?

Colaboração: João Paulo Forni

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