O  Google anunciou que começou a escanear microfilmes de alguns arquivos históricos de jornais para torná-los disponíveis online, primeiramente pelo Google News e posteriormente nos próprios sites dos jornais.

O novo programa amplia serviço oferecido dois anos atrás que permite aos usuários do Google News procurar os arquivos de alguns dos principais jornais e revistas do mundo, incluindo The New York Times, The Washington Post  e Time, que já estavam disponíveis na forma digital.

Os leitores poderão procurar os arquivos usando palavras-chave e ver os artigos como eles apareceram originalmente nas páginas impressas do jornal. A iniciativa, além de ampliar o horizonte de pesquisa, abre uma nova oportunidade de negócios para os jornais, principalmente os americanos, que atravessam uma situação financeira bastante difícil.

Para se livrar da polêmica surgida, quando escaneou livros que eram protegidos por direitos autorais, sem ter autorização, o Google já informou que vai obter a permissão dos editores antes de realizar o trabalho nos arquivos. Vai colocar propaganda junto com os resultados de busca e dividir o lucro com os editores de jornais.

Inicialmente os arquivos vão estar disponíveis no Google News, mas a companhia planeja fornecer aos jornais uma maneira de deixar os arquivos também disponíveis em seus próprios sites.

“Isso é realmente bom para os jornais porque estaremos trazendo as contribuições da antiga geração e da geração online dos jornalistas, ao mesmo tempo em que estaremos aumentando a base de arquivos de jornais dos leitores,” disse Marissa Mayer, Vice- presidente de procura de produtos e experiência do usuário no Google, ao New York Times.

Mas muitos editores de jornais vêem programas de busca como o do Google, como uma ameaça ao seu negócio. Muitos também admitem que os arquivos são uma fonte potencial de lucro, e não está claro se os entregarão prontamente ao Google.

“A principal preocupação do mercado é que o Google, ao tornar todo o conteúdo dos jornais passados disponível, pode uniformizar esse conteúdo, assim como os portais de jornais uniformizaram o conteúdo das notícias atuais,” disse Ken Doctor, analista de uma empresa de pesquisas americana.

O Google disse que está trabalhando com mais de 100 jornais e com parceiros que agregam arquivos históricos de jornais em microfilme. Isso possibilitou escanear milhões de artigos num tempo relativamente curto.

Existem outras companhias trabalhando com jornais para digitalizar arquivos e algumas delas vendem esses arquivos a escolas, livrarias e outras instituições, ajudando os jornais a faturarem com seu conteúdo histórico. Parceria da Biblioteca do Congresso americano com empresas de digitalização está criando arquivo digital dos jornais mais importantes publicados nos Estados Unidos de 1836 a 1922. Todo o material terá acesso gratuito na internet.
 
Os editores, principalmente de pequenos e médios jornais, estão animados com a iniciativa do Google, principalmente pela perspectiva de lucro. Por ser um programa caro, os jornais não iriam colocar os conteúdos disponíveis se não fosse a parceria com o Google.

 “Ter o conteúdo digitalizado disponível é uma coisa maravilhosa para o pessoal dessa região. Eles poderão entrar no nosso site ou no do Google e estar diante de 100 anos de história”, disse Tim Rozgonyi, editor de pesquisa no The St. Petersburg Times, de Saint Petersburg, Florida.

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