Problemas de gestão e ações judiciais lideraram as crises em 2024
Problemas de gestão lideraram as crises corporativas de 2024, no mundo, diz o Relatório Anual de crises do Institute for Crisis Management-ICM, dos Estados Unidos, liberado dia 30/06/25. Essas crises representaram 21,48% de todos os registros constantes na mídia no ano passado, que, segundo o Relatório, chegaram a 1 milhão 134 mil casos.
“Esta categoria voltou com força total no relatório deste ano, um número não visto desde 2018", diz o Relatório. Durante os anos de pandemia de 2020 a 2023, os erros de gestão não apareciam com alta incidência no levantamento anual do ICM, disfarçados ou minimizados pela gravidade dos efeitos da Covid-19. Um dos motivos pelo qual esse índice caiu na pandemia foi porque o ICM considerou a tragédia ocasionada pelo vírus da Covid-19 como ‘catástrofe’, o que elevou sensivelmente o percentual dessa crise.
Leia mais...Não existem empresas imunes à crise. Não importa o tamanho, a natureza e a localização. "Fizemos uma asneira. Temos sido desonestos com a agência de proteção ambiental (EPA), com o conselho da agência que lida com o ar da Califórnia (ARB) e temos sido desonestos com os senhores", admitiu Michael Horn, o presidente da Volkswagen (VW) nos EUA, nesta terça-feira. O CEO da empresa, Martin Winterkorn, pediu desculpas num vídeo divulgado pela VW: "Eu estou infinitamente desolado por termos decepcionado a confiança" de milhões de pessoas em todo o mundo.
O alerta vem da Grã-Bretanha, onde o ensino é apontado como um dos mais exigentes e conceituados do mundo. Muitos professores das universidades de primeira linha falharam em seus métodos de ensino para se adaptar à era digital, admitem diretores de escolas.
Grande parte de professores continua a dar aulas sem o uso de tecnologia tradicional que poderia tornar o ensino mais atraente; ou mal sabem avaliar se os estudantes entendem o que está sendo ensinado, disse o diretor.
No momento em que o país se defronta com grave retração na economia, déficit fiscal, desemprego aumentando, sem falar na crise política e institucional, auditores da Receita Federal alimentam uma “operação padrão”. Fazem corpo mole na obrigação de apertar empresas e cobrar multas de sonegadores. Segundo reportagem do jornal “O Globo”, os fiscais reduziram em agosto em 38% o número de procedimentos de fiscalização, comparado a julho. Em relação a junho, a queda foi de 50%.
Juan Cruz*
A morte de uma criança é uma afronta, um grito da vida contra a morte. Uma criança morta na praia, no lugar em que acontece esse idílio do mar com a terra e que aí não espalha felicidade, mas o terrível som de uma notícia de que chove como o pranto no coração. Uma criança morta na praia, em busca de refúgio no mundo, fugindo da guerra, fugindo do som cruel das armas e também da fome.
Há mais de um ano, o País assiste com misto de espanto e repúdio a narrativa quase diária dos descalabros ocorridos na Petrobras. Para alguém menos informado, pode parecer que os desvios na Petrobras e todas as ramificações da fraude representariam a crise mais grave do país, atualmente, tamanha a facilidade com que dirigentes da empresa, empresários e operadores se apossaram de bilhões de reais de recursos públicos. Tudo isso, amplificado por ampla cobertura da mídia nacional e internacional ao escândalo.
Não é bem assim. O que ocorreu na Petrobras representa apenas a ponta do iceberg das crises que permeiam a gestão atual do Brasil. Estamos há meses enfrentando três crises graves: econômica, política e institucional, para ficar apenas nessas três dimensões que afetam a gestão pública. Sem falar nas crises de ética, de confiança, de credibilidade.
A morte da apresentadora de TV, Alison Parker, de 24 anos, e do repórter fotográfico Adam Ward, de 27, durante uma transmissão de TV, ao vivo, na Virginia (EUA), nesta 4a. Feira (26), chocou o mundo da mídia e quantos abominam a violência como forma de resolver querelas pessoais ou profissionais.
A surpresa, com misto de horror, foi ainda maior quando se descobriu que o criminoso não foi nenhum fanático ou terrorista, como é comum nos EUA. Estes geralmente têm um passado psicótico, vivem obcecados pela violência e o uso de armas; ou sentem-se rejeitados. O que explica a maioria deles terem sofrido algum tipo de bullying na infância ou nas escolas; ou por se sentirem discriminados pela sociedade por razões étnicas, religiosas ou de gênero. Sem falar nos fanáticos ativistas que atacam por razões políticas ou religiosas.