Em crise existencial, universidades começam a enfrentar a ameaça do ChatGPT
O uso da IA – Inteligência Artificial na elaboração de trabalhos e pesquisas nas universidades é um tema que tem suscitado discussões e dúvidas no ambiente acadêmico e na gestão da educação. Ele coloca em xeque o modo de produção do material científico elaborado por alunos e professores, que pode ser produzido a partir de um robô, em questão de minutos. Como avaliar teses, dissertações ou projetos produzidos na era do ChatGPT? Como saber até onde o trabalho acadêmico tem o dedo do autor ou o clique do robô? O jornal britânico The Times, na edição de 24/05/25, aborda esse tema extremamente controverso, que já está na pauta de muitas universidades e centros de pesquisa em todo o mundo. O artigo provoca reflexão e um debate que em algum momento todas as instituições de ensino deverão fazer, inclusive no Brasil. Destacamos os principais tópicos do artigo.
"As Minas estão concentradas nas mãos de poucos. E os Gerais — o povo — ficam com a dor e a exclusão”. (Padre Geraldo Barbosa, de Mariana).
Completa hoje um ano o maior desastre ambiental do país. O rompimento da barragem do Fundão, na unidade de Germano da Mineradora Samarco, em Mariana-MG, deixou 19 mortos e 200 feridos, soterrou vilarejos, poluiu nascentes e riachos, dizimou plantações e a criação de pequenos agricultores que residiam próximos ao local. Sem falar na contaminação da bacia do Rio Doce, uma das maiores do país, que banha cerca de 30 municípios, ao longo do curso do rio, de Minas Gerais ao Espírito Santo. O vilarejo de Bento Rodrigues foi varrido do mapa. O local de 317 anos, com alguns prédios históricos, foi totalmente destruído, com a lama soterrando igreja, escola e residências. O cenário após o deslizamento é de desolação.
Didier Heiderich* e Myriam Delouvrier**
Uma comunicação de crise bem sucedida não se vê. No entanto, a comunicação de crise é frequentemente o objeto de um mal-entendido precoce. Reduzida às operações de “mídias”, às discussões sobre a reputação ou à “e-reputação”, ou sobre os “elementos de linguagem”, uma estratégia de comunicação em situação de crise perde-se ante um número grande de atores sobre a sua escolha certa. Não pode em nenhum caso limitar-se à mensagens-chave, ao mídia training e a alguns tweets pelos quais o profissional amador se maravilha.
A crise que começou a atingir a gigante coreana de eletrônica Samsung, logo depois do lançamento do mais novo produto da empresa, em 2 de agosto, quando alguns aparelhos Galaxy Note 7 começaram a esquentar, emitir fumaça e até explodir, atingiu proporções ameaçadoras nesta semana. Haveria mais de 100 relatos de incidentes semelhantes nos dez países onde o telefone é vendido.
Francisco Viana*
À primeira vista, não há dúvidas. Quem perdeu foi o PT, pois o partido encolheu. Um indicador emblemático: seu candidato à reeleição em São Paulo perdeu, e perdeu feio, para o candidato do PSDB, vitorioso já no primeiro turno, fato inédito na história; e nas outras capitais e municípios importantes o partido, colecionando derrotas – elegeu apenas 237 candidatos contra 644 em 2012 – em nada lembra o fato de ter por 13 anos governando o país. Com o PT, naufragaram também lideranças históricas, como por exemplo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de Marina Silva, da Rede, que se eclipsou em meio à avalanche de rejeição aos candidatos de esquerda ou com linguagem que tivesse alguma afinidade com tal tendência.
Se até hoje o Haiti não conseguiu se recuperar do terremoto, de 2010, que atingiu o país mais pobre da América, e matou entre 200 a 250 mil pessoas, o furacão Matthew, que chegou ontem ao país e ameaça também várias regiões dos Estados Unidos, pioram a situação de calamidade. Até a tarde desta sexta-feira, 842 mortos foram registrados no Haiti e muitas regiões ficaram isoladas; talvez nunca se saiba o número exato de vítimas, porque o acesso está totalmente bloqueado. Com isso, o Matthew já se tornou a pior tragédia daquele país, após o terremoto.
Estranho país o Brasil. De certo modo vivemos uma rotina do faz de conta. Os governos fazem de conta que governam, e nós fingimos que acreditamos. Professores e alunos em greve fazem de conta que ensinam e estudam; os recursos do MEC escoam, mas o Brasil cai no ranking mundial do Pisa* e da competitivade internacional. As empresas fazem de conta que "gostam" dos clientes e "resolvem todos os problemas" e eles fingem que acreditam. Se não, vejamos fatos estranhos ocorridos nas últimas semanas que escancaram a dificuldade de o País sair da crise.