Homilia completa do Papa Leão XIV na missa inaugural em Roma
Caros irmãos Cardeais,
Irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Distintas Autoridades e Membros do Corpo Diplomático,
irmãos e irmãs!
Saúdo a todos com o coração cheio de gratidão, no início do ministério que me foi confiado. Santo Agostinho escreveu: “Criaste-nos para ti, [Senhor], e o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em ti” (Confissões, 1, 1.1).
Nestes últimos dias, vivemos um momento particularmente intenso. A morte do Papa Francisco encheu nossos corações de tristeza e, naquelas horas difíceis, nos sentimos como aquelas multidões das quais o Evangelho diz que eram “como ovelhas sem pastor” (Mt 9,36). No dia de Páscoa, porém, recebemos a sua bênção final e, à luz da Ressurreição, enfrentamos este momento na certeza de que o Senhor nunca abandona o seu povo, reúne-o quando está disperso e «guarda-o como um pastor vigia o seu rebanho» (Jr 31, 10).
Leia mais...Uma polêmica interessante surgiu na imprensa, nos últimos dias, após entrevista concedida pelo delegado da Polícia Federal, Luís Flávio Zampronha, a dois jornais de São Paulo. O delegado, que investigou o processo do mensalão, de 2005 a 2011, rompeu o silêncio após sete anos e afirmou que “o mensalão é maior do que o caso em julgamento no Supremo Tribunal Federal”.
A revista IR Magazine, destinada a executivos de economia e finanças, publicou, no início de agosto, interessante pesquisa feita com 800 executivos de relações com o mercado. 35% das empresas pesquisadas, a maioria grandes corporações, tinham sofrido algum tipo de crise nos últimos cinco anos. Segundo Wiley Brooks, que comentou a pesquisa no seu Blog, a ideia de que realmente as coisas ruins acontecem com os outros é claramente pouco verdadeira.
Os pubs e restaurantes da City de Londres devem estar fervendo de fofocas. Bancos britânicos e americanos aparecem nos últimos meses envolvidos em escândalos com cifras da ordem de bilhões de dólares. A crise econômica tem a ver com isso ou já não se fazem bancos como antigamente?
Há uma crise grave hoje no País. Por mais que governo e funcionários públicos queiram descaracterizá-la. Pode ser até que os sindicatos julguem a greve uma festa, um convescote anual para se firmar politicamente. Ou uma arena perfeita para medir forças com o governo Dilma, refratário a incensar as entidades sindicais como elas gostariam. Mas o que nós contribuintes temos a ver com isso?
Se você é prevenido, tem um plano de comunicação de crise pronto. Montou uma equipe de resposta à crise, escreveu um plano de crise simples, que todos conhecem e entendem, e o papel desempenhado para os mais prováveis cenários de crise. De certo modo, você está pronto para o inesperado.
Você vai sofrer, no curto prazo; comunique-se sobre a crise; evite o "sem comentários" e versões dadas por terceiros; as percepções podem ser mais importantes que os fatos; conte tudo.
A imprensa não costuma usar de fair play, quando se trata de criticar o que não gostou ou tem diferenças históricas para acertar. Na abertura das Olimpíadas de Londres, não foi diferente. Muitos jornalistas não perderam a chance de dar o troco no Reino Unido, porque os britânicos são quase sempre ferinos nas críticas a eventos de outros países.