Igreja Católica e outras religiões reagem ao projeto de Trump
A Igreja Católica reage com veemência ao “megapacote” enviado por Trump ao Congresso americano, numa crítica objetiva e clara sobre o que os cortes no orçamento de programas sociais e da área da saúde dos americanos irão representar, sobretudo para os mais pobres. No dia da independência americana, a organização democrata de mídia e redes sociais Occupy Democrats abriu espaço para a reação das comunidades religiosas dos Estados Unidos, lideradas pelos bispos católicos do país.
Jonathan Bernstein*
Todas as organizações são vulneráveis a crises. Você não pode servir a uma população sem ser submetido a situações que envolvam processos, acusações de impropriedade, mudanças bruscas de gestão e outras situações voláteis nas quais seus stakeholders - e os meios de comunicação que lhes servem - muitas vezes se concentram.
"O verdadeiro tesouro do homem é o tesouro dos seus erros, empilhados pedra por pedra por milhares de anos", escreveu o grande filósofo espanhol José Ortega y Gasset em seu livro, "Para uma filosofia da História", no ano de 1941. Embora nos orgulhemos de sempre "querer começar de novo", a civilização exige que nós nunca quebremos a nossa continuidade com o passado. Afinal, a própria memória do que se passou gravemente errado se torna exigência clara para o progresso."
O grande número de crises surgidas todos os dias, cobertas ou não pela mídia, poderia sugerir que elas decorrem de um estado da natureza, como alguns autores defendem. Nesse caso, elas fariam parte da vida das organizações. Seriam eventos negativos, mas normais, contra os quais muito pouco poderia ser feito.
A indústria farmacêutica, que já não tem uma boa reputação, principalmente nos países desenvolvidos, sofreu novo arranhão, na semana passada, com a notícia de que o laboratório britânico GlaxoSmithKline foi multado em cerca de US$ 500 milhões na China, por corrupção. O tribunal chinês considerou o laboratório culpado de suborno.
Até que ponto realmente a imprensa está voltada para descobrir a verdade. Nesta semana, a presidente da República disse que não é função da imprensa fazer investigação, e sim divulgar. A crise da mídia propicia debates intensos nesse sentido, até porque ela estaria padecendo de uma “miopia institucional”, vivendo em torno de temas efêmeros e irrelevantes. Mas é inegável a contribuição para exercer o papel de incomodar os governos. Apurando fatos que eles não gostam.
Em 14 de setembro, o grupo que se autoproclama “Estado Islâmico” ou ISIS voltou a divulgar um macabro vídeo com a decapitação do britânico David Haines. Ao contrário das outras duas vítimas do grupo extremista, Haines não era jornalista.