A crise dos Correios repete erros do passado
O que aconteceu com os Correios? Houve época – acreditem – em que as pesquisas que apontavam as instituições de maior credibilidade do país, mostravam no topo, tradicionalmente, os bombeiros, a Igreja e os Correios. Em 2002, pesquisa da FIA/USP sobre confiança das instituições brasileiras, colocava os Correios em segundo lugar, com 93% de aprovação, atrás apenas da “família”, com 94%. Manteve essa reputação mais alguns anos, mas já enfrentando crises graves.
Relatório final da Comissão do governo americano, divulgado nesta quarta-feira (5), para apurar as responsabilidades pelo vazamento de petróleo no Golfo do México, culpou as empresas British Petroleum, a proprietária da plataforma Transocean e a contratada Halliburton por “conduta imprópria e omissão”. O relatório diz que os erros provocaram “falhas sistêmicas” e podem acontecer novamente.
Fim de ano é sempre oportunidade para retrospectiva dos principais acontecimentos marcantes do ano que terminou. Vale desde micos proporcionados por celebridades, até necrológio dos mortos famosos e as tragédias marcantes do ano. No âmbito da gestão de crises, relacionamos os principais eventos internacionais e brasileiros de 2010.
A chegada de um novo ano é sempre expectativa de mudanças, de um mundo melhor. Sob todos os aspectos, o ano que passou para muitas pessoas foi um período para não esquecer. Principalmente para a pobre população do Haiti, vítima da maior tragédia natural de sua história. No Brasil, moradores das encostas de Angra dos Reis, Niteroi, de cidades de Alagoas, Pernambuco, Minas Gerais e Espírito Santo também sofreram desastres que marcaram para sempre suas vidas.
Depois de uma retrospectiva das grandes crises que povoaram a mídia internacional em 2010, como as da Toyota, Igreja Católica, British Petroleum, a epopeia dos mineiros chilenos, além da quebra das economias da Grécia e Irlanda, convém dar uma olhada no Brasil.
O ano de 2010 se despede com más lembranças para grandes corporações e alguns países. Além de ameaçar as economias da Grécia, Irlanda, Espanha e Portugal, grandes multinacionais se viram envolvidas em crises graves, que arranharam a reputação dessas empresas. Sem falar na crise da Igreja Católica, que ocupou as manchetes durante três meses do ano.
Crises que envolvem as redes sociais ainda não estão bem digeridas pelas empresas. De um lado, porque são crises repentinas, na velocidade das redes, e que estouram por motivos triviais. De outro, o despreparo da maioria das empresas para lidar de maneira positiva com as redes sociais, principalmente com sites de relacionamento, embalados pela força de milhões de participantes.