
Feminicídio bate recorde no Brasil, diz estudo
Na sequência das análises das crises que marcam este fim de ano no Brasil, o terceiro tema aborda uma triste chaga brasileira, que precisa de forma urgente ser combatida: o feminicídio. Em 2024, o Brasil atingiu o maior número de feminicídios desde o início da tipificação do crime, em 2015, apontou o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. No total, 1.492 mulheres foram vítimas, o que representa média de quatro mortes por dia. Ao longo do último ano, cerca de 37,5% das mulheres brasileiras foram vítimas de algum tipo de violência, percentual que, projetado em números, corresponde a um contingente de 21,4 milhões de pessoas. Os dados são da quinta edição da pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, realizada pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Entre 2014 e 2017, o Brasil carregou o estigma de abrigar o maior esquema de corrupção do mundo. Havia um símbolo para essa marca negativa na imagem do país, até porque ela era também a síntese do que vinha acontecendo com outras empresas públicas e privadas nos últimos anos. Esse símbolo se localizava na Avenida Chile, no Rio. “A crise da Petrobras” acabou entrando para a história como o divisor de águas do combate à corrupção no País, por conta da chamada "Operação Lava Jato"*, que levou ao desmonte (ou pelo menos à denúncia) de um esquema com tentáculos em empreiteiras, casas de câmbio, nas estatais e subsidiárias. Certamente, nunca na nossa história um esquema tão sofisticado e organizado de malfeitos destruiu uma empresa pública ou privada, como aconteceu durante a administração petista na Petrobras.
Francisco Viana*
Um conhecido e criativo publicitário escreveu no jornal Folha de São Paulo um sedutor artigo dizendo da imperativa necessidade do profissional de comunicação viajar e fazer networks. Claro, viajar é preciso para conhecer novas culturas. E os contatos são imprescindíveis para os projetos, vitais para a profissão de comunicador.
Nem bem o País conseguiu assimilar a tragédia de Brumadinho, incêndio no alojamento do CT do Flamengo, no Rio de Janeiro, tira a vida de 10 adolescentes, reféns de instalações de alto risco que não tinham licença para funcionar.
A triste rotina de acidentes graves que poderiam ser evitados se repetiu nesta sexta-feira, 8 de janeiro, no Rio de Janeiro. A morte de 10 adolescentes, entre 14 e 16 anos, é a crônica da crise anunciada. Eles dormiam em contêineres, adaptados para quartos. Cada cômodo tinha um aparelho de ar refrigerado. Confinados ali, quando o incêndio começou, quem acordou ainda teve alguma chance de se salvar. Mas já se admite que a maioria dos 10 garotos que morreram, nem chegaram a acordar, intoxicados por uma fumaça preta, altamente tóxica, emanada das paredes dos contêiners. A tragédia só não foi maior, porque muitos atletas foram dispensados e resolveram dormir em casa. Mesmo assim, 26 jovens estavam nos alojamentos no dia da tragédia.
O Brasil começou 2019 com uma das maiores crises corporativas dos últimos anos, com o rompimento da barragem de Brumadinho. O tamanho dessa crise ainda não foi dimensionado, mas apenas pelas perdas humanas, pode-se classificá-la como a maior tragédia do país, junto com o incêndio do Gran Circus Norte-Americano, em Niterói, em 1961, com mais de 500 mortos (70% crianças) e com o desastre dos deslizamentos no Rio de Janeiro, em 2011, que deixou mais de mil mortos.
O jornal britânico The Sunday Times publicou editorial, neste domingo, questionando o poder do Facebook e até que ponto os conteúdos da big rede estão contribuindo para aumentar a taxa de suicídio, principalmente de jovens, no Reino Unido. Não é de hoje que vários países da Europa estão de olho nos gigantes da Internet, além do Facebook, o Google e outras redes poderosas, não apenas pelo uso do conteúdo, que contém dados de milhões de pessoas, quanto pela forma de negócio.
Brumadinho-MG. 25/01/19. Três anos depois, a repetição da tragédia da Samarco chegou como se fosse uma lava de vulcão, arrastando e matando mais de 200 pessoas, em poucos minutos.
Passados três anos da tragédia da Mineradora Samarco, que arrasou povoados de Mariana, após o rompimento da barragem de Bento Rodrigues, deixando um mar de lama, um grande rio poluído e 19 mortos, ninguém, nem a mineradora Vale, poderia supor a repetição desse pesadelo. Mas aconteceu. E com dimensão pior do que aquela que envolveu a mineradora Samarco, principalmente pelo número de vítimas fatais.









