redes_sociais_facebook"Liderança hoje não é sobre você, é sobre as pessoas a quem você serve, é sobre o tratamento de seus funcionários como parceiros de negócios, trabalhando lado a lado com eles e compartilhando informações". A afirmação é de Ken Blanchard, co-autor do best-seller The One Minute Manager, (O Gerente Minuto) e de outros livros de negócios, em Seminário promovido pelo Altimeter Group, nos Estados Unidos.

O seminário O Poder dos Relacionamentos na Era Facebook foi realizado na semana passada em San Mateo, Califórnia. Durante o evento a co-fundadora do Altimeter Group, Charlene Li, analista de tecnologia e negócios, e também autora de livros de administração, conversou com Ken Blanchard sobre o papel da liderança nessa época de profundas mudanças nos relacionamentos entre clientes e empresas. Um dos focos de Blanchard foi o tsunami das redes sociais, que surpreende e desafia os executivos no mundo corporativo.

O especialista, do alto da experiência de 73 anos, diz que a associação de ferramentas de mídia social ao mix de negócios significa incentivar as pessoas dentro da cadeia de produção, que elas podem estar mais familiarizadas com as ferramentas técnicas para se comunicar e desenvolver relacionamentos.

Blanchard alerta os jovens sobre o uso da tecnologia digital: "tudo isso diz respeito a relacionamentos". Ele ressalta a ameaça percebida pelos mais velhos e, particularmente, os gestores, que ainda mantêm o “ego acima de tudo” "Eles estão com medo do feedback e do que eles poderiam aprender! "

Feedback, diz ele (no que constitui uma de suas mensagens-chave favoritas da motivação) é "o breakfast dos campeões ".

Claramente, não há lugar para o ego na construção de relacionamentos e no fazer um trabalho de interação na media social. Charlene Li descreve Blanchard como tendo a "humildade e confiança para desistir da necessidade de controlar". O entrevistado defende como os principais gestores devem ser "empoderadores" (de empowerment - delegação do poder de decisão, autonomia e participação dos empregados) ao invés de cultivar um fanatismo por "controle", liberando suas equipes para desenvolver as relações com clientes e tratar de lucro como o produto, e não o inverso.

No entanto, ele diz que a hierarquia tradicional de administração ainda tem seu valor em termos de definição de orientação estratégica, metas e planejamento das organizações.

Mas como pode o case de negócio ser feito com o foco em relacionamentos, via mídias sociais ou de outra forma? Blanchard não tem dúvidas de que as empresas "empurram as pessoas para longe, pela forma como respondem a elas". Ele acrescentou: "o cliente não tem sempre razão, mas ele precisa do diálogo". Problemas tendem a surgir quando as empresas tentam encobrir seus erros, quando admiti-los é o primeiro passo para a recuperação de serviço ao cliente.

E assim, como os líderes estão finalmente percebendo que não podem mais controlar a disseminação da informação como anteriormente, agora podem certamente - como sugere Charlene Li - "entrar em ação". Ela diz: "Como líder, pense sobre o que você pode compartilhar hoje - em seguida, descubra qual o melhor canal." 

Não surpreende ambos – Ken Blanchard e Charlene Li - reconhecerem o papel vital do CEO na transição para a mídia social e a construção de relacionamentos. Para Blanchard, "O CEO precisa ver o valor para fazer realmente isso funcionar", enquanto Li acrescenta: "O CEO tem de ser o árbitro de como o social deve ser apropriado pelas organizações”.

Ken Blanchard contesta e discorda do argumento, como uma desculpa, de que a mídia social, como uma importante ferramenta para construção de relacionamentos, devesse pertencer apenas a uma geração mais jovem. Como diz a entrevistadora, no início de seu relato, o veterano autor pode se valer dos netos para entender as modernas parafernálias tecnológicas, mas, apesar da idade, não parou de comprometer seu tempo em construir relacionamentos pelo caminho das redes sociais.

Aí vão alguns highlights do Seminário, segundo resumo do Altimeter Group:

  • As mídias sociais ameaçam líderes que têm um grande ego;
  • Pessoas com humildade não pensam menos delas mesmas. Delas, elas pensam mesmo menos;
  • Mídia Social não é sobre a extravagância de uma nova tecnologia, é sobre a habilidade de construir relacionamentos;
  • Não é sobre você. É sobre as pessoas que você está servindo. Pergunte a você mesmo: “Você está aqui para servir ou ser servido”?
  • Bons líderes são entusiastas do “empoderamento” (delegação do poder de decisão, autonomia e participação dos empregados), não do controle;
  • Você não pode empoderar (dar mais poder de decisão e autonomia) pessoas, se você não compartilha informações com elas;
  • Uma força de trabalho socialmente competente, é uma grande probabilidade de uma interatividade externa;
  • Os melhores líderes atualmente abraçam o fato de que não podem controlar informação;
  • Quem controla as redes sociais em sua empresa? Os clientes o fazem;
  • Para permitir líderes iniciarem com a tecnologia social, foque em compartilhamento e em ser aberto, não nas ferramentas;
  • Ter gestão de ponta a bordo é a chave para alavancar tecnologias sociais;
  • Nós temos a tecnologia de medir mídias sociais, mas nós não conhecemos ainda como medir relacionamentos.

Para entender melhor as ideias de Ken Blanchard, escute o áudio, com a entrevista realizada por Charlene Li, no web seminário O Poder dos Relacionamentos na Era Facebook.

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