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Documentário escrutina crise da Boeing iniciada há seis anos

Boeing Cockpit do 737 NG modelo 2009 que caiu na TurquiaHá cinco anos, 346 pessoas morreram em dois acidentes envolvendo aviões Boeing 737 Max, num período de quase cinco meses: primeiro na costa da Indonésia, em voo da empresa Lion Air, com destino a Nairobi, Quênia, em outubro de 2018; e depois, na Etiópia, com avião da Ethiopian Airlines, em março de 2019.

Boeing's Fatal Flaw* (Falha fatal da Boeing), uma investigação FRONTLINE** de 2021, com o jornal The New York Times, examinou como as pressões comerciais, o design defeituoso e falhas na supervisão contribuíram para essas tragédias devastadoras e uma crise catastrófica num dos nomes industriais mais icônicos do mundo.” O documentário, produzido pela Frontline-PBS, (PBS Public Broadcasting Service, a tv pública americana), faz uma imersão na crise da poderosa fabricante de aviões americana que nos últimos seis anos tem enfrentado acidentes, pressão popular e ações na Justiça, numa turbulência sem precedentes. Pressionada pelas concorrentes, por empresas aéreas e órgãos reguladores, no auge da crise, após os dois acidentes com o Boeing 737 Max, a Boeing viu várias empresas aéreas, em todo o mundo, recolherem esse modelo de avião, até a realização de uma exaustiva investigação exigida pelas autoridades aeroportuárias dos Estados Unidos. De repente, um produto novo, disputado pelo mercado, se transforma numa ameaça e um passivo para a companhia.

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Aeroportos caos jul 2016Em cerca de 20 anos estudando, vivenciando, enfrentando crises corporativas, tanto como assessor, superintendente ou diretor de empresas públicas ou privadas, além de várias consultorias de crises, o profissional acaba aprendendo muito, a cada acontecimento negativo, nas empresas. Winston Churchill, o grande estadista britânico, responsável por administrar a participação do Reino Unido na Segunda Guerra Mundial, dizia: "Nunca desperdice uma boa crise". Primeiro, pode-se até questionar se existe alguma crise "boa". Crises sempre são desafios, que podem e devem ser administrados. As crises, inclusive as de outras empresas, nos ajudam a aprender como lidar com situações semelhantes. Por isso, todas as crises enfrentadas pela própria organização deixam alguns ensinamentos. Ou alertas.

Lições da Crise

Algumas conclusões a partir de experiências em administração de crise

  • Não comemore porque conseguiu resolver o problema de hoje. Amanhã pode ser pior.
  • Não vá de “peito aberto” tentando explicar qualquer tipo de pauta. Converse, analise, avalie a extensão da pauta. Só então adote a melhor maneira de atender ao jornalista.
  • Os órgãos de fiscalização não titubeiam em vazar documentos antes até mesmo de você ficar sabendo. Prepare-se para esse inconveniente.
  • Não adianta gastar energia com qualquer notícia negativa que aparece. Concentre-se naquilo que atinge os formadores de opinião.
  • Não brigue com a notícia. Se o fato é extremamente negativo, admita. E explique que providência está tomando.
  • Não tente minimizar o fato pela importância (valor) ou a desqualificação de quem denunciou. Se existe alguma prova, explique.
  • Não minimize a internet. Ela pode pautar o jornal e a TV antes que você corrija a informação.
  • Não fique preocupado com quem vazou. Isso a princípio não é problema  seu. Explique o que vazou.
  • Só convoque coletiva, se tiver algo muito importante para explicar. Caso contrário administre as notícias caso a caso.
  • Cuidado com os repórteres inexperientes. Prefira sempre como interlocutor, na crise, repórteres com experiência, ainda que sejam aqueles com mais capacidade de mergulhar na matéria.
  • Não poupe tempo para explicar exaustivamente pautas complicadas. Se preciso, utilize o apoio da área jurídica.
  • Não sofra por antecipação. Se você deu uma boa explicação para o questionamento do jornlista, relaxe. Você cumpriu a sua parte. Se o jornalista distorcer ou não levar em conta suas explicações, existem outros meios de você se reposicionar.
  • Faça valer a opinião da área de comunicação, sempre que julgar conveniente. Não se deixe levar pela força do cargo para aceitar soluções com as quais você não concorda.
  • Quem determina o timing da imprensa é você. Não deixe que a área técnica ou jurídica comprometam a versão da empresa desrespeitando os horários de fechamento.
    Uma boa Nota à imprensa, com informações consistentes, pode substituir uma entrevista coletiva e até mesmo a nota paga. Isso quando não for uma crise grave, que exija porta-voz, entrevista ou até mesmo a contratação de uma consultoria especializada.
  • Não tenha receio de gravar entrevistas por telefone, para sua segurança. Pode ter certeza de que o jornalista está fazendo o mesmo. Nos casos mais complicados, prefira o encontro pessoal.


(C) João José Forni  

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