Mortalidade infantil hospitalA mortalidade infantil é um dos maiores problemas do mundo. Cerca de 6 milhões de crianças menores de 15 anos morrem por ano. São cerca de 16.000 mortes todos os dias. A quase totalidade morre por problemas de saúde e não por acidentes ou outras causas. “Esta estatística devastadora revela o grande número de crianças cujas vidas terminam antes de poderem descobrir os seus talentos, paixões e sonhos à medida que envelhecem – e representa o impacto da mortalidade infantil na vida de tantas pessoas: pais, irmãos, famílias e comunidades.”

A história revela, mesmo com dados pouco confiáveis, que no tempo dos romanos, no século "0", e mesmo nos séculos seguintes, a mortalidade infantil poderia chegar entre 57% a 60%. Sendo uma das causas por que a população crescia numa taxa relativamente baixa.

A grande virada

Mortalidade infantil boa fotoQuantas crianças foram salvas graças ao progresso na saúde global, nos últimos anos? Graças às melhorias na saúde global, mais de 100 milhões de crianças foram salvas desde 1990. Embora a saúde global seja hoje um das grandes crises que precisam ser enfrentadas, não há dúvidas de que o mundo, nos últimos 50 anos, conseguiu ter um progresso elogiável na área da saúde. Isso inclui o Brasil e a América Latina.

Mas, segundo o site Our World Data, “O que é trágico é quantas destas mortes são evitáveis. A maioria é causada por desnutrição, condições de nascimento, como parto prematuro, sépsis e trauma, e doenças infecciosas, como pneumonia, malária e VIH/SIDA.” Mas esse cenário tem mudado nos últimos anos.

Segundo artigo publicado pela plataforma "Our World Data", “A diminuição das taxas de mortalidade entre crianças tem sido uma das conquistas mais importantes da humanidade. Em todo o mundo, os países reduziram drasticamente a mortalidade infantil.” E isso vale para países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Segundo Max Roser, autor do artigo, “deveríamos celebrar esta conquista extraordinária, utilizando-a como incentivo para reduzir ainda mais a mortalidade infantil.” Principalmente nos países mais pobres.

“Mas pode parecer difícil comemorar algo que não está acontecendo. Então, eu queria mudar as coisas. Em vez de focar na ausência de mortes infantis, quero destacar a presença de pessoas que estão aqui hoje graças ao progresso na saúde global”, diz o autor.

“Para tornar visíveis os milhões que foram salvos pelo progresso na saúde global, faço uma pergunta simples: quantas crianças mais teriam morrido se a taxa de mortalidade infantil global não tivesse diminuído?

“Para responder a esta pergunta, temos que escolher uma linha de base. Comecemos por 1990. Se eu tivesse recuado ainda mais no tempo, este número teria sido ainda maior porque a taxa de mortalidade infantil era muito mais elevada no passado. “ Apenas para efeito de comparação, em 1950, a taxa de mortalidade global era de 27%.

Mesmo em países desenvolvidos, na primeira metade do século XX, as taxas de mortalidade situavam-se em torno de 40 a 50%. Níveis que vinham se perpetuando durante séculos, principalmente na África, Ásia e América. Entre 1700 e 1800, China, Itália, Suécia, registravam taxas de mortalidade infantil em torno de 40 a 45%. Em alguns países da Europa chegava a 50% ou mais.

O que mudou

Mortalidade Infantil hospital da crianca BSB“O gráfico (veja abaixo) mostra a resposta. Há uma geração, em 1990, a taxa global de mortalidade infantil era de 9,3%. A linha roxa tracejada mostra o número de crianças que teriam morrido se a taxa de mortalidade tivesse permanecido constante. Mais de 12 milhões de crianças teriam morrido todos os anos.

“O número real de mortes infantis diminuiu para 5 milhões por ano. Isto é mostrado pela linha vermelha escura. Isto foi conseguido porque a taxa de mortalidade global de crianças diminuiu para 3,7% em 2021.

“A diferença entre as duas linhas mostra-nos quantas crianças mais teriam morrido se o mundo não tivesse feito progressos. No total, mais 132 milhões de crianças teriam morrido nestes 31 anos.

“Em suma, graças ao progresso na saúde global desde 1990, mais 132 milhões de pessoas estão vivas no nosso mundo hoje.”

Fotos: divulgação e (última), Hospital da Criança de Brasília.

 Mortalidade infantil taxas cairam em 35 anos

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