Recente pesquisa mensal do Ibope/NetRatings concluiu que em agosto o número de usuários residenciais ativos de Internet bateu novo recorde no Brasil, atingindo 19,3 milhões de pessoas. Em relação a julho o crescimento foi de 4,2%. Em números absolutos, o total de internautas chegou em agosto ao maior patamar: 30,1 milhões de pessoas.

O que isso significa? Que a Internet está se consolidando como o grande meio de informação dos brasileiros. Claro que esse índice é ainda muito baixo, se comparado ao total da população. Pouco mais de 10% seriam internautas ativos. O Brasil ainda se manteve como o país com maior tempo médio de navegação residencial por internauta, entre os dez países monitorados, com 23h28 min, acima dos Estados Unidos, Alemanha, Japão e Austrália, que vêm logo a seguir.

Enquanto a tiragem dos jornais se mantém estável, o acesso à Internet vem crescendo no Brasil, embora lentamente, se considerarmos outros países. Daí a responsabilidade dos sites e blogs com os conteúdos noticiosos e o cuidado que o internauta deve ter com as informações que processa. Hoje, a massa da população consome essa informação instantânea, compacta e imediatista. Não há tempo de aprofundar os conteúdos.

A mídia impressa caminha cada vez mais para matérias mais profundas, para as grandes entrevistas e reportagens. Os jornais começam a ter enfoques semelhantes às revistas semanais. Isso porque a informação factual já não tem espaço ou sentido no jornal diário. Quem acompanha o dia-a-dia pela Internet, já tomou conhecimento de todas as manchetes dos jornais do dia seguinte.As decisões que dependem dessas notícias já foram tomadas.                                                                                            

Se, por um lado, a Internet se consolida como o meio mais importante de informação, pelo menos do público que acessa a Internet, deve-se levar em conta que são informações superficiais, pouco analíticas, para consumo rápido, uma tendência que parece se consolidar no século XXI.